(Images By Tang Ming Tung/Getty Images)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 2 de outubro de 2020 às 13h34.
Última atualização em 2 de outubro de 2020 às 13h47.
Dois dias depois da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicar uma portaria que agiliza o processo de registro de vacinas contra a covid-19, o governo de São Paulo, por meio do Instituto Butantan, enviou a primeira parte dos documentos de registros do imunizante, que desenvolve em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
De acordo com a Anvisa, essa primeira análise de dados faz parte de um processo batizado de “submissão contínua”, adotado para dar celeridade ao futuro pedido de registro para vacinas contra o coronavírus. A medida em que os laboratórios tenham documentos que comprovem a validação do imunizante, podem enviar os documentos em tempo real por uma plataforma online.
“Os primeiros documentos foram enviados pelo Butantan para análise e obtenção de registro da vacina contra o coronavírus. O objetivo é tornar mais rápido possível o processo de registro da vacina, dentro dos dos protocolos”, disse o governador João Doria nesta sexta-feira, 2, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
A vacina está na fase 3 de testes, que envolve 13 mil voluntários em 12 centros de saúde de cinco estados, além do Distrito Federal. Esta testagem deve ser concluída até o dia 13 de outubro e os resultados finais publicados até o fim do mês.
Na quinta-feira, a Anvisa anunciou o início das primeiras análises com vistas ao registro da potencial vacina contra covid-19 desenvolvida em parceria entre a Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a farmacêutica britânica AstraZeneca.
Na quarta-feira, 30, Doria anunciou que prevê começar a campanha de vacinação no dia 15 de dezembro pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os primeiros imunizados serão profissionais de saúde. O governador ressaltou que, para cumprir o cronograma, ainda é necessário finalizar a fase de testes — o que deve ocorrer em até 30 dias — e obter a autorização da Anvisa.
A previsão inicial era de vacinar toda a população do estado de São Paulo até fevereiro de 2021, mas nesta quarta-feira o governo ampliou o prazo e acredita que este processo deve durar até o fim de março. Serão duas doses aplicadas em um intervalo de 14 dias.
(Com Reuters)