Polícia Militar de São Paulo: na hipótese de todos os policiais atingirem as metas, o governo desembolsaria um total de R$ 700 milhões por ano (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 14h32.
São Paulo – Um programa de metas e bonificação para as polícias do estado, voltado para a redução dos principais indicadores de criminalidade, vai oferecer um acréscimo no salário de até R$ 8 mil por ano, para cada policial.
As metas que começaram a valer neste mês, foram anunciadas hoje (20) para representantes das polícias Militar, Civil e Científica em um seminário no Palácio dos Bandeirantes, na capital.
O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella e o governador Geraldo Alckmin convocaram uma coletiva de imprensa para anunciar as metas, que valerão para três indicadores: crimes contra vida (homicídio doloso e latrocínio), roubos em geral, além de furtos e roubos de veículos.
A meta para este trimestre em todo o estado é que roubos e furtos de veículos fiquem em 57,4 mil ocorrências. “Queremos estancar [os números] para depois diminuir”, disse o secretário.
O número de roubos, no período, deve ser de 50,7 mil. Já a meta para a quantidade de vítimas de crimes contra a vida é de 1,27 mil.
De acordo com o governador, o pagamento aos policiais será feito a cada três meses e as metas poderão também ser revisadas trimestralmente. Além disso, os cinco melhores policiais do estado serão bonificados com R$ 20 mil por ano, cada um.
Na hipótese de todos os policiais atingirem as metas, o governo desembolsaria um total de R$ 700 milhões por ano.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de fraude na apuração dos dados, o secretário defendeu que haverá automatização da coleta de dados para evitar manipulação.
“Estamos bem tranquilos quanto a isso, pois vamos praticar a transparência”, disse.
“As situações que tivermos notícias, de irregularidades no registro da ocorrência, certamente serão apuradas e, se for o caso, punidas”, acrescentou.