Brasil

Governo de SP autoriza reabertura de bares e restaurantes na capital

Nova etapa começa a valer na segunda-feira, 29, mas o prefeito Bruno Covas disse que funcionamento só será autorizado a partir do dia 6 de julho

Bares e Restaurantes: Diageo oferece ajuda financeira para a reabertura (Germano Lüders/Exame)

Bares e Restaurantes: Diageo oferece ajuda financeira para a reabertura (Germano Lüders/Exame)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 26 de junho de 2020 às 12h55.

Última atualização em 26 de junho de 2020 às 15h02.

A cidade de São Paulo e mais 14 municípios da região metropolitana foram autorizados a abrir bares e restaurantes com capacidade limitada e horário restrito, de acordo com anúncio feito pelo governador João Doria (PSDB) nesta sexta-feira, 26, em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes. 

17 regiões do estado tiveram reclassificação da quarentena no Plano São Paulo e a capital passou da fase 2 para a fase 3. A nova etapa vai até o dia 14 de julho, caso a situação da pandemia da covid-19 não mude, e começa a valer a partir da segunda-feira, 29.

No entanto, o prefeito Bruno Covas (PSDB) disse que, por enquanto, não vai autorizar o funcionamento dos bares e restaurantes: "O Comitê de Contingência nos sugeriu esperar uma semana para que os números se confirmem. E nós vamos esperar", disse.

Segundo ele, a prefeitura vai assinar o protocolo com os setores na semana que vem para começar a valer a partir do dia 6 de julho.

O chefe do Centro de Contingência da Covid-19, Carlos Carvalho, defendeu esperar uma semana para garantir a estabilidade da evolução da pandemia. "Esse tempo a mais é muito importante também para definir e discutir os protocolos sanitários com os setores", disse ele em entrevista nesta sexta-feira.

De acordo com Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, o principal dado que permitiu a capital subiu um degrau em direção à reabertura da economia foi a diminuição no número de internações e ocupação dos leitos de UTI.

Quando foi classificada na fase 2, este número era de 72%. Nesta sexta-feira ficou em 64,9%. A cidade tem um total de mais de 142 mil casos confirmados e 6.792 mortes por covid-19.

Regras

O Plano São Paulo, elaborado no começo do junho, é a diretriz do governo do estado que estabelece a flexibilização da quarentena. A escala vai de 1, a mais restrita, até a 5, com a volta total das atividades.

O protocolo é revisado a cada duas semanas e leva em conta vários quesitos, como taxa de ocupação de leitos de UTI, variação no número de casos e de mortes por covid-19.

Apesar do Plano dizer que na fase 3 só poderiam funcionar bares e restaurantes com ambientes abertos, o governo mudou o termo para "ambientes arejados". A capacidade é limitada a 40% e podem funcionar por 6 horas seguidas, além de cumprir normas de saúde que serão definidas pelo município.

Salões de beleza e barbearias também podem voltar a funcionar, seguindo os mesmos protocolos de horário e de capacidade. Mas ainda precisam do aval municipal, o que deve ocorrer na próxima semana, segundo Covas. 

Nesta fase 3, os shoppings e comércio de rua, abertos desde o dia 11 de junho, também se beneficiam: o horário de funcionamento é ampliado de quatro para seis horas e a capacidade passa de 20% para 40%. As praças de alimentação seguem proibidas de funcionar.

Hospital de campanha vai fechar

Covas anunciou também nesta sexta-feira que vai fechar o hospital de campanha do Pacaembu. A unidade, que tem 200 leitos, vai encerrar as atividades já na segunda-feira, 29. Quase 1.500 pacientes passaram pelo local.

"Nos últimos 10 dias, a taxa de ocupação ficou abaixo de 50%. Além disso, temos mais 900 leitos disponíveis no complexo do Anhembi", disse ele.

Acompanhe tudo sobre:BaresBruno CovasCoronavírusEstado de São PauloJoão Doria JúniorRestaurantessao-paulo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas