Profissões: governo quer conhecer profissões mais procuradas para investir na formação de profissionais (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2014 às 17h19.
Brasília - A partir do fim de novembro, o portal Mais Emprego, site vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego e onde empresas ofertam vagas e trabalhadores oferecem serviços, terá informações compatibilizadas com o Cadastro Brasileiro de Ocupações (CBO).
O objetivo do cruzamento dos dados é conhecer as profissões mais demandadas pelas empresas e investir em cursos de qualificação para elas, por meio Programa Nacional de Ensino Técnico e Acesso ao Emprego (Pronatec).
Essa e outras ações fazem parte de um termo de cooperação assinado hoje (7) entre o Ministério do Trabalho e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
No acordo, válido por quatro anos, o Ipea se compromete a cooperar com o ministério em pesquisas e produtos para ajudar a formular políticas de emprego. A compatibilização de dados do Mais Emprego com o CBO deverá ser o primeiro projeto a ser entregue.
O termo de cooperação prevê estudos sobre a trajetória do trabalhador. A proposta é identificar desigualdades no mercado de trabalho, determinantes para conquista do emprego e perfil dos trabalhadores que acessam o seguro desemprego.
Também serão analisadas a efetividade de políticas de qualificação profissional, intermediação de mão de obra e aprendizagem, como o programa Jovem Aprendiz. Por fim, será avaliado o impacto das negociações coletivas no aumento da renda.
De acordo com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, “quando o Brasil vive seu melhor momento do pleno emprego, temos de melhorar o emprego". O termo de cooperação foi assinado por Manoel Dias e pelo presidente do Ipea, Sergei Soares.
O secretário de Políticas Públicas de Emprego, Silvani Alves Pereira, informou, ainda, que o Ministério do Trabalho começou a utilizar, em caráter experimental, um sistema que permite ao trabalhador agendar entrevistas sem a necessidade de deslocamento aos postos de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e Ministério do Trabalho.
Segundo Pereira, após se cadastrar e encontrar vagas conforme seu perfil na internet, o trabalhador recebe e-mail agendando entrevista. Acrescentou que mais de 60 mil pessoas já foram atendidas pelo sistema, previsto para ser lançado oficialmente na próxima semana.