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Governo corta o ponto de servidores em greve

Os 350 mil servidores públicos em greve tiveram seus pontos cortados do dia 18 ao dia 30

Planalto: governo disse que poderá recuar do corte do ponto se eles suspenderem a greve por 15 dias (Ana Araújo/Veja)

Planalto: governo disse que poderá recuar do corte do ponto se eles suspenderem a greve por 15 dias (Ana Araújo/Veja)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 11h30.

Brasília - O Palácio do Planalto resolveu jogar duro com os 350 mil servidores públicos em greve. Cortou o ponto deles do dia 18 ao dia 30. Numa reunião ontem com representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e dos sindicatos dos funcionários públicos, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse que o governo poderá recuar do corte do ponto se eles suspenderem a greve por 15 dias.

A reunião foi tensa, contou o secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep), Oton Neves. Carvalho lembrou que o ponto estava sendo cortado e que servidores poderiam ser demitidos. "Nós falamos que isso faz parte do passado", disse o sindicalista. Segundo ele, não se pode mais aceitar que pessoas "sejam escravizadas" no tempo atual. Eles apelaram então para que o governo recuasse.

Nesse momento, explicou, Gilberto Carvalho pediu a trégua. "Ele (Gilberto Carvalho) fez uma proposta que a gente acha, a princípio, inaceitável também: a gente dá uma trégua de 15 dias para o governo, o governo repõe os salários que foram descontados, que a gente vai deixar de receber no inicio do mês. Evidente que a gente vai discutir tudo isso com as nossas bases, mas, a princípio, acho difícil essa proposta face ao exíguo tempo que tem para fechar o Orçamento, que é dia 31 de agosto", disse Oton.

De acordo com os sindicalistas, a trégua serviria inicialmente para refazer a folha de pagamento. "O governo não garante qual seria o reajuste, nem para quem exatamente", afirmou o secretário-geral. Segundo o Estado apurou, o Planalto acredita que a greve é precipitada e que tem o direito e o dever de cortar os dias parados. A presidente Dilma Rousseff já foi confrontada diretamente com a insatisfação de servidores, que lhe causaram constrangimentos em dois eventos públicos.

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