(Pedro Nunes/Reuters)
Reuters
Publicado em 15 de março de 2021 às 17h39.
Última atualização em 15 de março de 2021 às 17h51.
O Ministério da Saúde assinou nesta segunda-feira contratos com a Pfizer e a Janssen, da Johnson & Johnson, para comprar um total de 138 milhões de doses de vacinas contra covid-19 desenvolvidas pelos dois laboratórios, anunciou o ministro da pasta, Eduardo Pazuello.
A informação sobre a assinatura do acordo com a Pfizer por 100 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela empresa com a parceira BioNTech fora antecipada mais cedo à Reuters por uma fonte.
O ministério confirmou no início do mês a intenção de comprar 100 milhões de doses das vacinas da Pfizer e outros 38 milhões da Janssen, em mais uma tentativa de acelerar a compra de imunizantes em meio ao pior momento da pandemia no país e com a campanha de vacinação em ritmo lento.
De acordo com o cronograma de vacinação apresentado pelo ministro, as 100 milhões de doses da vacina da Pfizer serão entregues de abril até o dia 30 de setembro, no seguinte esquema: 1 milhão em abril, 2,5 milhões em maio, 10 milhões em junho e em julho, 30 milhões em agosto e outras 46,5 milhões de doses em setembro.
As 38 milhões de doses da vacina Janssen serão entregues até o final de novembro. Sendo 16,9 milhões de doses até o final de agosto e outras 21 milhões de doses até o final de novembro.
A Pfizer já possui registro de uso definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), enquanto a vacina da Janssen tem aprovação nos Estados Unidos e em outros países e também deve receber autorização para uso no Brasil.
O secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, havia afirmado na sexta-feira que o governo esperava assinar no início desta semana os contratos para a compra das vacinas da Pfizer e também da Janssen.
Segundo Pazuello, somando todos os acordos já firmados pela pasta com diferentes laboratórios, o Brasil tem garantidas 562 milhões de doses de vacinas da covid-19 para o ano de 2021.
Até o momento, no entanto, foram distribuídas apenas cerca de 25 milhões de doses aos estados e municípios, sendo 20,6 milhões de doses da Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, que está sendo envasada pelo Instituto Butantan, e 4 milhões de doses da vacina da AstraZeneca importadas da Índia.
Com a escassez de doses, a vacinação no país tem caminhado a ritmo lento, com apenas cerca de 6% da população acima de 18 anos vacinada com a primeira dose, de acordo com levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).