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Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2013 às 17h34.
Brasília - O governo confia na aprovação da Medida Provisória dos Portos no Congresso antes do prazo até quinta-feira, afirmou nesta segunda-feira o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, acrescentando que não há plano B em caso de não aprovação da MP.
A Câmara dos Deputados vai realizar uma sessão extraordinária nesta segunda-feira para tentar votar a MP, que perde sua validade se não for votada pelos deputados e depois pelo plenário do Senado até o dia 16.
"Estou confiante. O Congresso Nacional nunca faltou ao Brasil. E esse dispositivo legal tem uma importância extraordinária para a economia do nosso país", disse Cristino a jornalistas, após reunião com diversos ministros que têm buscado o apoio das bancadas de seus partidos para a aprovação da MP dos Portos.
"Nós confiamos no Congresso Nacional. O governo não tem plano B, nem C. Nós vamos confiar até o ultimo minuto", acrescentou.
Segundo Leônidas, os ministros que participaram da reunião irão "apurar" as conversas com seus correligionários no Congresso para viabilizar a aprovação da MP. O ministro acrescentou que participará de reunião nesta tarde com líderes da base aliada na Câmara para tratar novamente do assunto.
A própria presidente Dilma Rousseff tem feito apelos públicos, nos últimos dias, pela aprovação da medida provisória, considerada por ela como essencial para modernizar o setor portuário.
A votação da MP foi adiada na última semana após uma sessão tensa e marcada por troca de acusações entre os parlamentares .
O clima já estava tenso por conta da apresentação de uma emenda aglutinativa, de autoria do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). A emenda foi subscrita por vários parlamentares da base aliada e não foi bem recebida pelo governo.
Cristino afirmou nesta segunda que a emenda "tira literalmente a essência da medida provisória", e defendeu a aprovação do parecer produzido pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado. Esse texto foi aprovado na comissão mista que analisou a matéria previamente.
"Nós vamos trabalhar para aprovar esse relatório do senador Eduardo Braga", disse o ministro. "Nós do governo acordamos na sua grande maioria dos seus artigos."