Brasil na ONU: Quitação das dívidas reflete o apoio do Brasil ao multilateralismo (Leandro Fonseca/Exame)
Agência de notícias
Publicado em 24 de setembro de 2024 às 15h58.
Última atualização em 24 de setembro de 2024 às 17h21.
O governo brasileiro informou nesta terça-feira, 24, que quitou todas as suas contribuições financeiras para orçamentos da Organização das Nações Unidas (ONU) e outros organismos internacionais.
De acordo com o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o pagamento totalizou R$ 1,3 bilhão, valor destinado aos compromissos do país com várias instituições internacionais.
Em uma nota conjunta, os ministérios esclareceram que os pagamentos incluíram os três principais componentes do orçamento da ONU: o orçamento regular, as missões de paz e o Mecanismo Residual Internacional para Tribunais Penais (IRMCT). O valor destinado à ONU foi de R$ 448,8 milhões.
“A quitação dos compromissos reflete o sólido apoio do país aos mandatos da ONU e ao multilateralismo, e decorre de esforço iniciado em 2023, quando, apenas no que se refere a missões de paz, foi pago mais de R$ 1,1 bilhão, em função de passivo acumulado desde anos anteriores”, segundo a nota.
Com a quitação das dívidas, o Brasil passou a fazer parte de um grupo de países que estão plenamente em dia com suas obrigações financeiras na ONU. Segundo o governo, essa atitude fortalece a presença do país no cenário global e reafirma seu compromisso com a cooperação internacional e com o multilateralismo.
Nesta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na abertura do Conselho de Segurança da ONU. Em sua fala, Lula abordou temas como fome, guerras, metas de descarbonização e criticou o embargo econômico a Cuba e o poder das big techs.
Além disso, a nota emitida pelos ministérios também destacou que os pagamentos envolvem iniciativas relacionadas à preservação do meio ambiente, ao combate à mudança do clima e às missões de paz, alinhando-se aos pontos tratados no discurso presidencial.
“Ao honrar suas contribuições a organismos internacionais, o Brasil não apenas fortalece sua presença no cenário global, mas também reafirma seu compromisso com o multilateralismo e com a cooperação internacional”, conclui a nota.