Brasil

Governo Bolsonaro reestrutura EBC e demite 45 comissionados

As mudanças na Empresa Brasil de Comunicação começaram após a visita do ministro-chefe da Secretaria de Governo

EBC: o governo pretende limitar os cargos em comissão ao mínimo possível (TV Brasil/Creative Commons/Divulgação)

EBC: o governo pretende limitar os cargos em comissão ao mínimo possível (TV Brasil/Creative Commons/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de janeiro de 2019 às 08h36.

Brasília - Quatro dias depois da "inspeção surpresa" feita pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no Rio de Janeiro, a direção da empresa anunciou, nesta segunda-feira, 28, a reestruturação dos seus quadros e a redução de 45 cargos em comissão. As demissões atingem funcionários não só no Rio, mas também em Brasília, São Paulo e Maranhão. Nem todos deixarão a empresa por serem servidores de carreira.

A nota da EBC comunicando os afastamentos informa ainda que, a partir desta terça-feira, 29 de janeiro, o Repórter Brasil Maranhão, programa jornalístico local da TV Brasil no Estado, deixará de ser exibido. A ideia é de reduzir o quadro em 30%. Em um primeiro momento, o presidente Jair Bolsonaro havia anunciado que extinguiria a EBC. Agora, a intenção é juntar os quadro da TV Brasil, a chamada TV pública, criada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a NBR, TV que faz as transmissões oficiais do governo em um só núcleo. Além disso, o governo quer limitar os cargos em comissão ao mínimo possível e que esses postos, preferencialmente, sejam ocupados por funcionários de carreira.

Na "visita surpresa" à EBC-Rio do general, na semana passada, depois de percorrer andares e salas da empresa, ele encomendou, no RH, um relatório sobre quantas pessoas e cargos tem cada setor, a folha de ponto e a informação sobre quem é funcionário de carreira e quem é comissionado.

Em nota, a direção da EBC comunicou a reestruturação da empresa. Informa ainda que "o objetivo das mudanças é adequar a empresa à meta de otimizar despesas, com vistas à sustentabilidade até 2022, conforme estabelecida no Planejamento Estratégico da Empresa".

Acompanhe tudo sobre:ComunicaçãoGoverno Bolsonaro

Mais de Brasil

Anvisa apreende suplementos herbais, whey protein e creatina

Motta encaminha ao Conselho de Ética suspensões de três deputados que participaram de motim

Conselho de Ética instaura processo que pode cassar mandato de Eduardo Bolsonaro por atuação nos EUA

Senado adia votação sobre isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil