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Governo avalia fechar fronteira com Venezuela por novo coronavírus

Nesta sexta-feira, o país vizinho registrou os dois primeiros casos de contaminação pelo novo coronavírus Covid-19

Fronteira da Roraima com a Venezuela: no estado entra de 500 a 700 venezuelanos todos os dias (Nacho Doce/Reuters)

Fronteira da Roraima com a Venezuela: no estado entra de 500 a 700 venezuelanos todos os dias (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de março de 2020 às 19h02.

Última atualização em 13 de março de 2020 às 19h14.

O governo Jair Bolsonaro avalia fechar a fronteira de Roraima com a Venezuela como medida para tentar conter o avanço do novo coronavírus no País. O pedido, feito pelo governador do Estado, Antonio Denarium (Sem Partido), foi analisado durante reunião interministerial na manhã desta sexta-feira, 13.

Uma proposta sobre o tema já está em fase de elaboração no Palácio do Planalto, mas depende do aval do presidente Jair Bolsonaro para ser concluída.

Na última quarta-feira, 11, o governador de Roraima fez o pedido pelo fechamento da fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Depois, Mandetta afirmou que a divisa com a Venezuela é "a única que realmente dá preocupação" ao governo brasileiro. Ele evitou citar diretamente a demanda do governador.

Nesta sexta, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, ligou para Denarium para tratar do assunto. De acordo com um interlocutor do governador, os dois ainda estão "alinhando" a questão. Um aliado de Ramos, por sua vez, garantiu que não há uma decisão sobre o assunto.

Ao jornal O Estado de S.Paulo, Denarium disse nesta quinta-feira 12, que o grau de preocupação com a fronteira é "muito grande".

"Em Roraima está entrando de 500 a 700 venezuelanos todos os dias. Se tiver um foco de novo coronavírus na Venezuela, e com essa migração desordenada, pode se tornar uma epidemia. Está sob controle na Região Norte até hoje", afirmou o governador na quinta-feira, 12.

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