Brasil

Governo autoriza mais 12 portos privados e 2 ampliações

O investimento total é de R$ 5 bilhões, com ampliação da capacidade portuária em 35,6 milhões de toneladas por ano.


	Portos: a maior parte do investimento, R$ 4,3 bilhões, será no Sudeste
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Portos: a maior parte do investimento, R$ 4,3 bilhões, será no Sudeste (Paulo Fridman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2013 às 14h33.

Brasília - A Secretaria de Portos divulgou nesta terça-feira, 06, a lista com mais 12 terminais portuários que poderão ser construídos pelo setor privado. Como os terminais de uso privado (TUPs) ficam fora da área dos portos públicos, não é necessário que eles passem por licitação, mas os interessados devem pedir autorização para o governo. Há ainda duas ampliações de terminais já existentes.

O investimento total é de R$ 5 bilhões, com ampliação da capacidade portuária em 35,6 milhões de toneladas por ano. O governo recebe propostas entre 7 de agosto e 6 de setembro. As autorizações saem a partir de 21 de outubro.

A maior parte do investimento, R$ 4,3 bilhões, será no Sudeste. Os destaques são o novo terminal de Linhares (ES), para Manabi Logística, com R$ 2 bilhões, voltado para minério de ferro, e a ampliação em Santos da Ultrafértil, com R$ 1,8 bilhão, para granéis sólidos como soja, açúcar, minérios e fertilizantes.

Há ainda dois empreendimentos menores, um terminal para turismo em Búzios (RJ), com R$ 3,5 milhões, e a ampliação do estaleiro da Brasfels (RJ), com R$ 409 milhões.

Há também seis empreendimentos no Norte (R$ 346 milhões em investimentos), um na Região Sul (R$ 316 milhões) e três no Centro-Oeste (R$ 26 milhões).

Primeiro anúncio

No início de julho, o governo anunciou os primeiros 50 terminais portuários que poderão ser construídos pelo setor privado de acordo com a nova Lei dos Portos. Segundo o ministro-chefe da Secretaria de Portos, José Leônidas Cristino, 38 empresas entregaram os documentos até segunda-feira, 05, quando vencia o prazo para apresentação.


Além desses papéis, serão analisadas seis propostas apresentadas por outras empresas para essas mesmas áreas. Se não houver problemas de locação (se for possível dividir a área), poderão ser construídos, portanto, 44 terminais. As 12 empresas que não apresentaram os documentos terão de solicitar ao governo novo anúncio público.

O ministro afirmou ainda que, na próxima sexta-feira, 09, sai a consulta pública para arrendamento do Porto de Santos e de cinco portos do Pará (Vila do Conde, Eblé, Outeiros, Miramar e Santarém).

Cristino não quis falar sobre a Taxa Interna de Retorno (TIR). Afirmou apenas que o negócio tem de ser atrativo para a iniciativa privada. "O mercado está dizendo que, se for 7,5%, não sei de onde tiraram isso, não vai ser atrativo. Mas há outros fatores de atração, como a escala", disse. O ministro acrescentou que as condições de financiamento do BNDES podem mudar, para melhor.

Acompanhe tudo sobre:InfraestruturaPortosPrivatizaçãoTransportestransportes-no-brasil

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas