(DIBYANGSHU SARKAR/AFP/Getty Images)
Reuters
Publicado em 25 de fevereiro de 2021 às 21h17.
O Ministério da Saúde assinou um contrato com a Precisa Medicamentos, fabricante da Covaxin no Brasil, que prevê a entrega de 20 milhões de doses da vacina contra covid-19 entre março e maio, informou a pasta nesta quinta-feira.
Entretanto, até o momento, essa vacina não poderá ser usada no país uma vez que, por ora, ainda não há registro definitivo nem autorização para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Uma medida provisória, que já foi aprovada pela Câmara, e deverá ser analisada na terça-feira pelo Senado determina que a Anvisa dê um parecer em até sete dias sobre vacinas registradas ou autorizadas para uso emergencial por, no mínimo, uma das autoridades sanitárias estrangeiras listadas no texto.
A entrega dos imunizantes prevê um investimento total de 1,614 bilhão de reais na compra da vacina produzida na Índia e, segundo o ministério, "permitirá ampliar ainda mais a estratégia de vacinação dos brasileiros contra a Covid-19".
Os primeiros 8 milhões de doses do imunizante devem começar a chegar já em março. Em abril, o governo espera receber outros 8 milhões de doses de imunizantes importados da Índia. Em maio, é esperado o último lote de doses, com 4 milhões de unidades.
Por ora, o Brasil -- que ultrapassou a marca de 250 mil mortes por Covid nesta quinta -- só tem usado emergencialmente as vacinas AstraZeneca-Oxford e CoronaVac. Já houve a aprovação do registro definitivo do imunizante da Pfizer, mas o governo ainda não tem contrato fechado com esse laboratório.
Em pronunciamento nesta tarde, após demonstrar preocupação com variantes do coronavírus circulando no Brasil e a estratégia da pasta para o combate à pandemia, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o país trabalha para garantir um amplo acervo de vacinas no país.