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Governo argentino envia lista de 62 foragidos do 8 de janeiro; 13 deles já saíram do país

Comunicado foi recebido pelo Itamaraty e remetido ao STF

Itamaraty recebe lista de brasileiros foragidos por atos antidemocráticos, início do processo de extradição. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Itamaraty recebe lista de brasileiros foragidos por atos antidemocráticos, início do processo de extradição. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 19 de junho de 2024 às 20h50.

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O Itamaraty recebeu do governo da Argentina uma lista de 62 brasileiros investigados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro que entraram no país vizinho. Segundo o informe, 13 deles já saíram da Argentina e um teve a entrada recusada.

Colaboração entre governos

O documento atende a uma resposta do governo brasileiro sobre a situação de 143 foragidos dos atos golpistas. O ofício foi enviado ao Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira.

No início de junho, a Polícia Federal deflagrou uma operação para prender pessoas envolvidas nos ataques que “se furtaram da aplicação da lei penal". As investigações apontaram que boa parte delas fugiu para a Argentina, Uruguai e Paraguai.

Refúgio e migração

A maioria não passou pelas barreiras migratórias, mas uma parte pediu refúgio ao governo argentino. A partir desses dados, o departamento de migração elaborou este informe ao Itamaraty.

Pedido de extradição

Com a comunicação do governo argentino, inicia-se o processo do pedido de extradição desses foragidos pelas autoridades brasileiras. A solicitação deve ser feita pela Polícia Federal.

Negativa de pacto de impunidade

Nesta quarta, o porta-voz da Presidência da Argentina, Manuel Adorni, negou a existência de um "pacto de impunidade" entre o presidente Javier Milei e o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), para garantir asilo político aos condenados ou investigados por participação nos atos antidemocráticos.

— Claramente não fazemos pacto de impunidade com absolutamente ninguém. Você se referiu ao Bolsonaro, não, não fazemos pactos de impunidade, nem jamais faremos com ninguém. E, por outro lado, é efetivamente uma questão judicial. A justiça tomará as medidas correspondentes quando chegar a hora de tomá-las e nós as respeitaremos como respeitamos cada decisão judicial —, respondeu o porta-voz ao ser questionado por jornalistas durante uma coletiva.

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