Brasil

Governo apresenta monotrilho, mas sem data de entrega

Metrô não ter sequer a data confirmada para a abertura do trecho inicial da Linha 15, na Vila Prudente, na zona leste


	Monotrilho em São Paulo: nos últimos dias, vários testes com os trens do monotrilho foram feitos
 (Germano Lüders/Exame)

Monotrilho em São Paulo: nos últimos dias, vários testes com os trens do monotrilho foram feitos (Germano Lüders/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 17h32.

São Paulo - O Metrô e o governo do Estado de São Paulo estão espalhando cartazes publicitários pelos relógios de rua da capital paulista para anunciar que o primeiro monotrilho da cidade, na Linha 15-Prata, "está chegando".

Isso, apesar de a empresa, que é controlada pelo estado, não ter sequer a data confirmada para a abertura do trecho inicial da Linha 15, na Vila Prudente, na zona leste.

A entrega desse ramal foi adiada diversas vezes pela Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos ao longo do primeiro semestre de 2014.

A última previsão, anunciada na semana passada pelo administrador da pasta, Jurandir Fernandes, é que a entrega ocorra no início de julho, perto da data limite (dia 4 de julho) para que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) possa participar de inaugurações de obras públicas.

Depois disso, ele fica impedido pela lei eleitoral, pois será candidato à reeleição, a tomar parte desse tipo de cerimônia.

Nesta sexta-feira, 27, a reportagem encontrou seis relógios de rua com a propaganda, em vias das zona oeste e norte. O material traz uma foto do trem com a inscrição "O monotrilho está chegando". 

A publicidade tem os logotipos do Metrô e do governo do Estado. Em dezembro do ano passado, a gestão Alckmin havia prometido o trecho inicial do monotrilho funcionando em março de 2014, o que não se concretizou.

Ao longo do tempo, o secretário Jurandir Fernandes alegou diferentes motivos para os sucessivos atrasos.

Primeiramente, afirmou que a empresa canadense Bombardier, responsável por fabricar os trens que circularão na linha, demorava para fazer os testes.

Na semana passada, no entanto, ele disse que operários grevistas da obra impediram técnicos da multinacional de realizar os testes nos veículos.

A assessoria de imprensa do Metrô foi procurada e respondeu por telefone apenas que a obra deve ficar para julho, sem informar o dia exato.

Nos últimos dias, vários testes com os trens do monotrilho têm sido feitos na Linha 15, alguns com sacos de areia, para deixá-los mais pesado, simulando a lotação por passageiros.

Em obras desde 2010, o primeiro trecho do monotrilho já foi prometido para 2012 e, depois, 2013. Esse ramal terá 2,9 km de extensão e apenas duas estações: Vila Prudente, com conexão com a Linha 2-Verde do Metrô, e Oratório, num trecho elevado sobre a Avenida Professor Luís Ignácio de Anhaia Mello.

A obra prevê mais 16 estações até a região de Cidade Tiradentes. Quando a linha estiver completa, com 26,6 km de extensão, terá custado R$ 6,4 bilhões aos cofres públicos. A previsão é que o trecho final da obra esteja pronto em 2016.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2014EmpresasEmpresas estataisEstatais brasileirasGovernoInfraestruturaMetrô de São Paulomobilidade-urbanaMonotrilhoPolítica no BrasilTransporte públicotransportes-no-brasil

Mais de Brasil

Mancha de poluição no rio Tietê cresce 29% em 2024, 3ª alta anual consecutiva

'Perigo': Inmet alerta para tempestades no Sul e baixa umidade no centro do país; veja previsão

Maduro afirma que Edmundo González 'pediu clemência' para deixar a Venezuela

Volta do horário de verão pode gerar economia de R$ 400 milhões, diz ministro