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Governo anunciará nos próximos dias medidas como posse de armas, diz Onyx

Novo governo começará a apresentar nos próximos dias as 50 novas medidas estabelecidas pelos ministérios

Onyx: ministro disse que o decreto para facilitar a posse de armas de fogo será apresentado nos próximos dias (Adriano Machado/Reuters)

Onyx: ministro disse que o decreto para facilitar a posse de armas de fogo será apresentado nos próximos dias (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 12h56.

Brasília - O governo começará a apresentar nos próximos dias as 50 novas medidas estabelecidas pelos ministérios, inclusive o decreto para facilitar a posse de armas de fogo, preparado pelo Ministério da Justiça, disse nesta quarta-feira o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ao final da cerimônia de transmissão de cargo no Palácio do Planalto.

"Vamos concluir hoje à tarde a totalização das mais de 50 medidas propostas e na reunião de quinta-feira vamos levar a ele para que comece a montar o cronograma de medidas que vamos fazer", disse o ministro. "A depender da escolha do presidente, começamos na sexta ou na segunda a anunciar um conjunto de medidas para facilitar a vida das pessoas."

O presidente Jair Bolsonaro encomendou a cada ministério duas propostas para serem levadas a cabo nos primeiros dias de governo, o que será apresentado em uma reunião ministerial na quinta-feira, a primeira do novo governo. Entre elas, está a decisão de facilitar a posse de armas através de decreto.

O texto, que está sendo preparado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, prevê a facilitação da posse de arma para cidadãos que cumpram as normais atuais --maiores de idade, sem antecedentes criminais-- para que a posse seja permanente, não necessitando de revisão periódica.

Pacto

Em seu discurso, Onyx afirmou que o governo Bolsonaro irá "surpreender por sua capacidade de diálogo" e propôs um pacto com a oposição.

"Eu conversei com o presidente hoje pela manhã e nos cabia fazer o primeiro gesto. Nós significamos uma linha ideológica completamente diferente, em uma aliança liberal-conservadora, o que nos norteia é completamente diferente do que o Brasil viveu nos últimos 30 anos. A gente tem clareza sobre isso e vai estar muito firme no que acreditamos", disse Onyx a jornalistas, após a cerimônia.

"Mas isso não quer dizer que não sejamos capazes com humildade estender a mão e pedir um entendimento porque tem um valor maior que é o nosso país."

Onyx ressaltou que a eleição deste ano foi "muito acirrada do ponto de vista ideológico", mas que precisa ser superada.

Na terça-feira, durante o discurso no parlatório do Palácio do Planalto, o presidente eleito reforçou, no entanto, o discurso de campanha, repetindo frases como "nossa bandeira jamais será vermelha" e afirmando que o Brasil começa a "se libertar do socialismo e do politicamente correto".

"Nós precisamos construir entendimento. Um grande país como o Brasil, que viveu momentos de crise, não conseguirá vencer se não for com um grande pacto nacional", defendeu Onyx.

Em seu discurso na cerimônia de transmissão de cargo no Palácio do Planalto, Onyx disse que o Congresso precisa de diálogo e o presidente sabe disso, diante do desafio de aprovar reformas necessárias para o país.

Também assumiram oficialmente os cargos na mesma cerimônia os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, da Secretaria de Governo, general da reserva Carlos Alberto Santos Cruz, e do Gabinete de Segurança Institucional, general da reserva Augusto Heleno.

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