Saúde: cerca de 1,7 mil profissionais serão convocados até o final de abril e 4,6 mil ao longo do próximo ano, para atender quase 2 mil cidades brasileiras. (Morsa Images/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de abril de 2022 às 20h47.
O governo federal anunciou nesta segunda-feira, 18, a contratação de 529 profissionais de saúde, entre médicos e tutores, na primeira etapa do programa Médicos pelo Brasil, que vai substituir gradativamente o Mais Médicos, criado na gestão Dilma Rousseff (PT). Cerca de 1,7 mil profissionais serão convocados até o final de abril e 4,6 mil ao longo do próximo ano, para atender quase 2 mil cidades brasileiras, promete o Ministério da Saúde.
A oficialização dos primeiros médicos vem quase três anos após o lançamento do programa, em 1º de agosto de 2019. O Médicos pelo Brasil prevê a entrada de médicos estrangeiros ou brasileiros formados no exterior, mas apenas mediante a aprovação no exame Revalida, que dá valor legal ao diploma de outro país.
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O Mais Médicos, do PT, foi criado em 2013 para atender regiões do País com baixa cobertura médica, mas sem necessidade de revalidação do diploma. A participação de profissionais cubanos sem diploma brasileiro, uma tônica do projeto, foi duramente criticada pelo presidente Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Governo Federal investiu cerca de R$ 783,6 milhões no programa, que pagará os profissionais dentro das normas da CLT e oferecerá benefícios adicionais para quem se dispuser a trabalhar no interior do País.
"Quanto mais distante, maior será o salário. Inclusive, os distritos indígenas vão pagar R$ 6 mil a mais, que, junto com os outros benefícios, o salário pode passar de 30 mil reais por mês", disse o secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Rafael Parente, na cerimônia no Palácio do Planalto que oficializou a contratação dos primeiros médicos do programa.