Brasil

Governo amplia fundo regional visando reforma do ICMS

Com o aumento de recursos do fundo, governo espera elevar chances de aprovar medida que unifica e reduz alíquotas interestaduais do imposto


	Delcídio Amaral, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado: "O governo tem chances de aprovar a proposta (de reformulação do ICMS)"
 (Wikimedia Commons)

Delcídio Amaral, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado: "O governo tem chances de aprovar a proposta (de reformulação do ICMS)" (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 16h46.

Brasília- O governo elevou de 172 bilhões de reais para 296 bilhões de reais a previsão de recursos do Fundo de Desenvolvimento Regional para tentar aprovar a reformulação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), afirmou nesta quarta-feira o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).

Com o objetivo de por fim à guerra fiscal entre os Estados, o Ministério da Fazenda propôs em novembro a unificação e redução das alíquotas interestaduais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), atualmente em 12 e 7 por cento, para uma única de 4 por cento.

Para compensar os Estados mais prejudicados pela medida, o governo federal propôs a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional e de um fundo de compensação.

"O governo tem chances de aprovar a proposta (de reformulação do ICMS)", avaliou Delcídio, ao deixar o Ministério da Fazenda nesta quarta-feira, após os acertos finais da contraproposta do governo.

O senador informou que o Ministério da Fazenda está perto de editar uma medida provisória criando os dois fundos. Ele disse ainda que a proposta de redução das duas alíquotas interestaduais do ICMS será feita pelo Senado Federal por meio de resolução a ser votada no plenário da Casa.

O governo também aceitou trocar o indexador da dívida dos Estados e vai deixar para os governadores a escolha individual sobre se o indexador adotado passará a ser a taxa Selic, fixada atualmente em 7,25 por cento ao ano, ou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acrescido de 4 por cento.

Segundo Delcídio, essa modificação integrará a medida provisória a ser editada pelo governo e valerá a partir de 2013.

Acompanhe tudo sobre:Guerra fiscalICMSImpostosLeão

Mais de Brasil

Moraes teve 'sabedoria' ao levar aumento do IOF para conciliação, diz Alckmin

Brasil assina carta de intenções com gigante chinesa de energia que envolve minerais nucleares

Fórum Empresarial do Brics: Lula defende comércio multilateral dos países emergentes

Decisão da Justiça dá aval para concessionária do Ibirapuera cobrar taxa de assessoria esportiva