Brasil

Governo Alckmin dá prazo para retomada de obra da Linha 4

Se a construção, paralisada desde novembro, não voltar ao ritmo normal, os contratos poderão ser rescindidos


	Obras de expansão da Linha 4 do Metrô: o consórcio diz que o Metrô é o responsável pelo atraso, por uma suposta demora na entrega dos projetos executivos
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Obras de expansão da Linha 4 do Metrô: o consórcio diz que o Metrô é o responsável pelo atraso, por uma suposta demora na entrega dos projetos executivos (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 09h03.

São Paulo - O governo Geraldo Alckmin (PSDB) deu prazo até o fim do mês para que o consórcio Isolux-Corsán-Corviam retome as obras da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo.

A construção do ramal está parcialmente parada ao menos desde novembro de 2014, como mostrou o Estado.

Se as obras não voltarem ao ritmo normal, os contratos de quase R$ 560 milhões do empreendimento poderão ser rescindidos.

O Metrô informou que já multou a empreiteira, que nega ter sido autuada.

O imbróglio entre o governo e o consórcio se arrasta há meses e pode atrasar a entrega das futuras Estações Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie.

As duas últimas são as únicas que o Metrô vinha prometendo entregar neste ano.

Todas elas estão atrasadas em relação ao cronograma original das obras da Linha 4, que previa a sua abertura completa, com 11 estações, em 2009 (a construção se iniciou em 2004).

Até hoje, sete paradas foram inauguradas, a última delas em outubro.

De um lado, o Metrô põe a culpa no consórcio, que não estaria conseguindo honrar o cronograma estipulado nos contratos dos dois lotes em que se divide a chamada segunda fase da construção da Linha 4-Amarela.

Do outro, o consórcio Isolux-Corsán-Corviam diz que o Metrô é o responsável pelo atraso, por uma suposta demora na entrega dos projetos executivos.

Até que o impasse seja resolvido, os canteiros das futuras estações permanecem praticamente vazios. Apenas alguns funcionários da Isolux comparecem aos locais das obras, para bater o ponto.

No espaço onde ficará a entrada principal da Estação Oscar Freire, um guindaste está parado.

No quarteirão vizinho, a escavações iniciadas para o acesso secundário da parada viraram um estacionamento improvisado para alguns carros.

O Metrô informou, por meio de nota, que acionou o consórcio por causa da redução do número de funcionários e do ritmo das obras. O Metrô divulgou ainda que o consórcio "já recebeu do Metrô todos os projetos executivos necessários para o prosseguimento das obras".

Mas o Isolux-Corsán-Corviam sustentou, também por meio de nota, que "atrasos na entrega e definição dos projetos executivos, por parte do Metrô", levaram a um "desequilíbrio econômico-financeiro das obras da Linha 4", o que fez o consórcio adotar "grandes esforços para reajustar seu fluxo de pagamentos".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas estataisEstado de São PauloEstatais brasileirasGeraldo AlckminGovernadoresInfraestruturaMetrô de São Paulomobilidade-urbanaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosTransporte públicoTransportestransportes-no-brasil

Mais de Brasil

PF: Plano para matar Moraes foi cancelado após recusa do exército em apoiar golpe

Gilmar Mendes autoriza retomada de escolas cívico-militares em São Paulo

Lula foi monitorado por dois meses pelos 'kids pretos', diz PF