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Governo acompanha impactos da crise dos EUA com Irã, afirma Guardia

Ministro da Fazenda afirma que pode haver "possível impacto sobre o preço de petróleo", mas que prefere acompanhar com mais cuidado

Eduardo Guardia: "Nós temos uma situação externa extremamente confortável, um déficit em conta-corrente pequeno, que é financiado por investimentos diretos estrangeiros" (Wilson Dias/Agência Brasil)

Eduardo Guardia: "Nós temos uma situação externa extremamente confortável, um déficit em conta-corrente pequeno, que é financiado por investimentos diretos estrangeiros" (Wilson Dias/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de maio de 2018 às 20h42.

Última atualização em 8 de maio de 2018 às 20h43.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta terça-feira (9) que o anúncio da saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã causa efeitos sobre a economia mundial, mas que é preciso avaliar o cenário.

"Até o momento, [pode haver] possível impacto sobre o preço de petróleo, mas prefiro acompanhar com mais cuidado", afirmou após participar de audiência pública na Câmara dos Deputados para debater o projeto de lei de privatização da Eletrobras.

Anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump, o fim do acordo com os iranianos entra em vigor em 90 dias. O pacto foi firmado em 2015, durante o governo de Barack Obama, e previa o compromisso do Irã em limitar suas atividades nucleares em troca do alívio de sanções econômicas internacionais ao país do Oriente Médio.

Crise na Argentina

Guardia também comentou a situação do Brasil frente à economia da Argentina, que anunciou hoje que vai recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em busca de apoio externo para equilibrar o quadro fiscal do país. Para o ministro, não há possibilidade de "contágio" da crise.

"Nós temos uma situação externa extremamente confortável, um déficit em conta-corrente pequeno, que é financiado por investimentos diretos estrangeiros. Temos reservas extremamente elevadas, de US$ 383 bilhões. Não vejo nenhum impacto, a situação [do Brasil] é completamente diferente da Argentina", argumentou. O economista disse que vai acompanhar os desdobramentos da negociação entre o governo de Maurício Macri com o FMI nas próximas semanas.

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