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Governo aceita ajuda de R$ 50 milhões do Reino Unido para a Amazônia

Presidente Jair Bolsonaro afirmou estar disposto a aceitar ajuda internacional, desde que possa controlar os recursos de combate aos incêndios na floresta

Amazônia: floresta sofre com incêndios há dias (Bruno Kelly/File Photo/Reuters)

Amazônia: floresta sofre com incêndios há dias (Bruno Kelly/File Photo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de agosto de 2019 às 21h03.

O Itamaraty aceitou ajuda de 10 milhões de libras, cerca de R$ 50 milhões, oferecida pelo Reino Unido para o combate aos incêndios na Floresta Amazônica. A informação foi noticiada por O Globo e confirmada pelo Estado. O recurso teria sido proposto na tarde desta terça-feira, 27, ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. O Planalto ainda não se manifestou sobre a oferta do Reino Unido.

O presidente Jair Bolsonaro está disposto a aceitar a ajuda dos países e organizações internacionais, desde que possa controlar os recursos de combate aos incêndios na Amazônia, informou nesta terça-feira (27) seu porta-voz.

O porta-voz da Presidência, o general Otávio Rêgo Barros, disse nesta terça-feira, 27, que a condição para receber qualquer ajuda externa é que o Brasil terá "governança total" sobre como será aplicado o recurso. O militar afirmou que o governo estudará se é "possível acatar" a ajuda de cerca de R$ 83 milhões, oferecida pelo G7. A polêmica sobre receber ou não este recursos envolve troca de acusações dos presidentes Jair Bolsonaro (PSL) e Emmanuel Macron, da França.

O líder francês anunciou após a Cúpula do G7 em Biarritz, neste final de semana, que o grupo doaria 20 milhões de dólares aos países da bacia amazônica para se enfrentar a crise.

Mas o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse na segunda-feira que o Brasil rejeitaria a ajuda, enquanto Bolsonaro a condicionou a um pedido de desculpas de Macron.

O presidente francês acusou Bolsonaro de “mentir” sobre seus compromissos ambientais e na véspera citou a possibilidade de conferir um “estatuto internacional” à selva amazônica caso “um estado soberano adotasse de maneira concreta medidas claramente contrárias ao interesse de todo o planeta”.

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