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Governadores pressionam Pazuello por suspensão de voos do Reino Unido

Mais de 40 países já aplicaram algum tipo de restrição, mas Brasil se limitou a recomendar quarentena aos britânicos que chegarem ao país

Avião da British Airways pousa no Aeroporto de Heathrow, em Londres; além da LATAM, companhia é a única a operar voos regulares diretos entre o Reino Unido e o Brasil (Steve Parsons/PA Images/Getty Images)

Avião da British Airways pousa no Aeroporto de Heathrow, em Londres; além da LATAM, companhia é a única a operar voos regulares diretos entre o Reino Unido e o Brasil (Steve Parsons/PA Images/Getty Images)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 12h37.

Última atualização em 23 de dezembro de 2020 às 12h50.

Preocupados com uma nova cepa do coronavírus identificada no Reino Unido, os governadores do Consórcio do Nordeste pediram ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que suspenda todos os voos vindos do país - e também da Dinamarca, Holanda e Austrália, que também já identificaram a mutação do vírus. Assinam o ofício enviado à Saúde os governadores de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

A nova variante do vírus, confirmada pela OMS, é até 70% mais transmissível, mas a mecânica de contágio é a mesma de sempre. A Organização Mundial da Saúde convocou nesta terça (21) uma reunião para discutir estratégias de contenção dessa nova versão do coronavírus, mas a data ainda não foi definida. Até que se tenha mais informações, a organização disse ser "prudente" suspender voos vindos dos países já afetados.

Mais de 40 países já adotaram restrições ao fluxo de passageiros britânicos, mas o Brasil não está entre eles. Até agora, há apenas uma recomendação de isolamento àqueles que chegam do Reino Unido, além de medidas de monitoramento e rastreamento de passageiros e tripulantes que partiram ou estiveram lá recentemente; e a partir do dia 30/12, todos os passageiros que chegarem ao Brasil devem apresentar um exame PCR (que detecta a infecção ativa no corpo) negativo.

O acompanhamento será feito por fiscais sanitários de portos e aeroportos que vão atuar em conjunto com a Rede Nacional de Vigilância, Alerta e Resposta às Emergências em Saúde (Rede CIEVS).

No Brasil, a decisão de suspender voos ou impôr qualquer tipo de restrição ao fluxo internacional de passageiros é uma prerrogativa da Casa Civil e do Ministério da Saúde, a partir de recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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