Brasil

Governadores pedem prorrogação do estado de calamidade devido à pandemia

Governadores querem que o governo Bolsonaro prorrogue o estado de calamidade, instrumento legal que permitiu gastos extraordinários durante a pandemia

 (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

(Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 28 de dezembro de 2020 às 19h34.

Governadores querem que o governo do presidente Jair Bolsonaro prorrogue o estado de calamidade, instrumento legal que permitiu gastos extraordinários durante a pandemia do novo coronavírus, como o auxílio emergencial, mesmo a três dias do fim de vigência da medida e diante da oposição pública de autoridades federais.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do Fórum Nacional dos Governadores, defendeu a prorrogação da medida por mais seis meses, mas com a possibilidade de encerramento antes caso uma avaliação verifique que não seja mais necessário mantê-lo.

"Por essa razão, a calamidade nos dá instrumentos para proteger, por exemplo, com auxílio financeiro, os mais pobres e ao mesmo tempo de cuidar dos empreendedores, lidar com uma situação delicada", disse Dias, em vídeo divulgado nesta segunda-feira pela assessoria de imprensa do governador.

O governador piauiense conversou na manhã desta segunda com outros representantes do Nordeste para fazer uma ofensiva na tentativa de prorrogar a medida. Há dez dias, 17 governadores enviaram ofício a Bolsonaro em que cobravam a manutenção da medida.

Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, já se colocaram contrários a uma nova prorrogação do auxílio emergencial, repasse de recursos do governo no enfrentamento à pandemia e viabilizado durante a vigência do estado de calamidade.

Nesta segunda, ao participar de uma agenda pública em São Paulo, o presidente fez um comentário sobre as despesas públicas, em mais um indicativo da impossibilidade de manter os gastos nos níveis atuais.

"Nossa capacidade de endividamento está no limite. O maior auxílio que posso dar para o povo é trabalho", disse ele.

Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já se opuseram também a uma prorrogação do estado de calamidade, que passou pelo Congresso Nacional. No momento, o Legislativo está em recesso.

O argumento dos governadores é que os efeitos da pandemia ainda continuam e que é preciso manter os instrumentos para enfrentá-la.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusGovernadoresGoverno BolsonaroPandemia

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso