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Governador de Pernambuco é condenado a multa de R$ 100 mil por "fake news"

Propaganda eleitoral do atual governador pessebista iniciou uma série de ataques contra a oposição, liderada pelo PTB

Paulo Câmara: governador está empatado tecnicamente com Armando Monteiro (PTB), alvo das críticas feita em sua campanha (Wagner Ramos/PSB/Divulgação/Divulgação)

Paulo Câmara: governador está empatado tecnicamente com Armando Monteiro (PTB), alvo das críticas feita em sua campanha (Wagner Ramos/PSB/Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de setembro de 2018 às 08h02.

Recife - O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco concedeu, nesta quinta-feira, 27, direito de resposta a Armando Monteiro (PTB) e aplicou multa de R$ 100 mil à coligação liderada pelo governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB). O pessebista e seu grupo foram condenados, segundo o tribunal, por veicular "fake news" durante a propaganda eleitoral desta semana. Cabe recurso.

A peça considerada notícia falsa pelo colegiado afirmava que Monteiro tinha votado a favor da reforma trabalhista proposta no ano passado pelo governo Michel Temer (MDB) e aprovada no Congresso, e que as novas regras retiravam direitos do trabalhador. A mensagem era acompanhada da imagem de um operário tendo a carteira de trabalho tomada e as roupas e os equipamentos de proteção retirados à força.

O discurso tem sido utilizado reiteradamente por Câmara para atacar o adversário. No primeiro debate entre os candidatos ao governo pernambucano transmitido por uma emissora de TV, na terça-feira, a primeira intervenção do governador foi sobre esse tema. Na ocasião, Monteiro havia respondido acusando o concorrente de promover "fake news".

"Com o crescimento de Armando nas pesquisas de intenção de voto, que apontam para o empate técnico no primeiro turno, a propaganda do atual governador iniciou uma série de ataques contra a oposição, veiculando informações mentirosas", afirmou, por meio de nota, a coligação Pernambuco vai mudar.

O coordenador jurídico da Frente Popular, o advogado Carlos Neves, não atendeu as ligações da reportagem.

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