Brasil

"Gostaram do evangélico no Supremo?", pergunta Bolsonaro a apoiadores

Nesta sexta-feira (31), em Goiânia, Bolsonaro questionou se não estava na hora de a Suprema Corte ter um magistrado evangélico

Bolsonaro cumprimentou apoiadores após sair do Palácio da Alvorada de carro para almoçar em Brasília (Ricardo Moraes/Reuters)

Bolsonaro cumprimentou apoiadores após sair do Palácio da Alvorada de carro para almoçar em Brasília (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de junho de 2019 às 15h33.

Última atualização em 1 de junho de 2019 às 16h07.

Brasília — Ao deixar o Palácio da Alvorada para um almoço neste sábado, o presidente Jair Bolsonaro perguntou a apoiadores que o cumprimentavam se haviam gostado da possibilidade de ele indicar um evangélico como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). "Gostaram do evangélico no Supremo? Gostaram?", perguntou o presidente. "É uma bênção", respondeu uma mulher.

Ontem, em Goiânia, Bolsonaro questionou se não estava na hora de a Suprema Corte ter um magistrado evangélico. "Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com a religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. Respeitamos e tem que respeitar. Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evangélico?", perguntou o presidente, aplaudido de pé por fiéis que participaram da Convenção Nacional das Assembleias de Deus, em Goiânia.

Bolsonaro deixou o Alvorada por volta de 12h30 rumo a uma quadra residencial no Lago Sul, área nobre da capital Brasília. Na saída ele não havia informado o destino. Só no local, os jornalistas descobriram que Bolsonaro é um dos convidados pelo dono da casa, que não quis se identificar, para um churrasco.

Ainda nas imediações do Alvorada, Bolsonaro desceu do carro para cumprimentar turistas e apoiadores que visitavam o local. Ele foi bastante assediado e elogiado. Bem humorado, trajando uma camisa da Seleção Brasileira, o presidente retribuiu o carinho dos presentes com brincadeiras e poses para fotos e selfies.

Muitos dos presentes disseram ao presidente que estavam rezando por ele. Bolsonaro agradeceu e parou para ouvir a leitura do Salmo 91, feita por uma senhora.

Os jornalistas até tentaram questionar o presidente sobre temas como o Código Florestal, um possível envio da reforma política ao Congresso e sobre a reforma previdenciária. Mas ele continuou dando atenção aos admiradores e deixou de responder às perguntas. Indagado sobre a Previdência, limitou-se a dizer apenas "vai aprovar, vai aprovar", reagindo à insistência da reportagem, mas sem entrar em detalhes.

Acompanhe tudo sobre:Supremo Tribunal Federal (STF)EvangélicosJair Bolsonaro

Mais de Brasil

Barroso lista três 'virtudes' que espera do seu substituto no STF

Tarcísio afirma que vai expandir ensino técnico em escolas regulares de SP

Consórcio da Internacional Marítima vence leilão da PPP de travessias de SP

Adiamento do PL Antifacção expõe desafios de Motta e derrota para Derrite