Brasil

Goiás vai fazer fiscalizações para impedir aglomerações

Anúncio foi feito neste domingo, 29, através da conta do governador Ronaldo Caiado pelo Twitter

Ronaldo Caiado: objetivo de ação é cumprir uma determinação do Tribunal de Justiça do estado (José Cruz/Fotos Públicas)

Ronaldo Caiado: objetivo de ação é cumprir uma determinação do Tribunal de Justiça do estado (José Cruz/Fotos Públicas)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2020 às 12h39.

Última atualização em 29 de março de 2020 às 12h41.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou que já informou os órgãos competentes para que iniciem uma fiscalização a fim de impedir aglomerações e manifestações pelo Estado. O anúncio foi feito neste domingo, 29, através da conta do governador pelo Twitter.

A fiscalização, segundo explicou Caiado, tem por objetivo cumprir uma determinação do Tribunal de Justiça de Goiás, que atendeu a um pedido do Ministério Público para proibir aglomerações e manifestações de qualquer natureza até o dia 30 de abril.

"A decisão do magistrado diz buscar a preservação da saúde dos goianos e determina que o Estado garanta o cumprimento. Será cumprido conforme a justiça determinou! Já informei a todos os responsáveis pela fiscalização em Goiás que a justiça proibiu manifestações e aglomerações", escreveu o governador.

Caiado tem defendido a adoção de medidas mais restritivas no combate ao coronavírus desde que a doença foi registrada no Brasil. O governador chegou a ser hostilizado durante uma manifestação pró-governo em Goiânia, no dia 15 de março, ao pedir que as pessoas voltassem para casa para evitar possíveis contágios.

O governador também rompeu politicamente com o presidente Jair Bolsonaro, a quem apoiou desde a campanha eleitoral de 2018, após criticar a postura do presidente em relação ao enfrentamento do coronavírus. Caiado foi um dos responsáveis pela indicação de Luiz Henrique Mandetta, também filiado ao DEM, para o Ministério da Saúde.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Caiado diz que decidiu romper o canal direto com o presidente porque ele "atrapalhou" o País e "gerou uma crise de governabilidade" depois questionar na TV medidas de isolamento.

Médico e ruralista, o governador sugere que Bolsonaro "desative" o "gabinete do ódio", como é conhecido o grupo de assessores ideológicos que o ajudaram a redigir o discurso do pronunciamento em cadeia nacional.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEstados brasileirosGoiásSaúde

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdemar