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Gleisi volta ao governo 11 anos após ter comandado Casa Civil de Dilma; veja perfil

Petista teve papel importante na campanha eleitoral de 2022 ao reunir apoio de frente ampla de partidos ao redor de Lula

A nova ministra foi eleita presidente nacional do PT em junho de 2017, quando ainda era senadora pelo Paraná (JEFFERSON BERNARDES/Getty Images)

A nova ministra foi eleita presidente nacional do PT em junho de 2017, quando ainda era senadora pelo Paraná (JEFFERSON BERNARDES/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 28 de fevereiro de 2025 às 14h28.

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Escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a Secretaria de Relações Institucionais, pasta de interlocução com o Congresso, Gleisi Hoffmann, de 59 anos, voltará a assumir um cargo de ministra onze anos após ter comandado a Casa Civil na gestão de Dilma Rousseff. Atual presidente do PT e deputada federal pelo Paraná, ela é considerada uma aliada fiel do presidente e de uma ala mais à esquerda do partido.

Advogada, formada pela Faculdade de Direito de Curitiba, com especialização em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira, ela foi secretária de Estado no Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública da prefeitura de Londrina no início de sua carreira pública.

Em 2002, ela participou da equipe de transição de governo Lula. Foi nomeada no ano seguinte diretora financeira da Hidrelétrica de Itaipu, onde ficou até o início de 2006, sendo a primeira mulher a assumir um cargo de direção em 30 anos de atividades da usina.

A deputada integra o PT desde 1989 e foi eleita senadora pelo Paraná pela primeira vez em 2010, depois de disputar, sem sucesso, uma vaga no Senado em 2006, apesar da expressiva votação.

A nova ministra foi eleita presidente nacional do PT em junho de 2017, quando ainda era senadora pelo Paraná (2011 a 2019). Foi reeleita para o cargo no partido em 2020.

Gleisi dirigiu o PT em momentos de crise da sigla, como durante a prisão de Lula e a derrota de Fernando Haddad e vitória de Jair Bolsonaro em 2018. Gleisi também coordenou a sigla durante a reta final da Operação Lava Jato.

Desgastes com o governo

Desde o início do terceiro mandato de Lula, Gleisi vem enfrentando desgaste com a bancada do partido na Câmara por defender posições mais à esquerda e que por vezes colidem com a pauta econômica do governo.

Em entrevista ao GLOBO em dezembro do ano passado, a presidente do PT afirmou que o partido pode morrer caso opte por fazer um movimento ao centro, o que é defendido por setores da própria sigla. Ela declarou enxergar apenas Lula como o nome capaz de enfrentar a oposição em 2026.

Em 2022, coordenou a campanha eleitoral de Lula, quando o petista superou Jair Bolsonaro. Sua participação ao arrigimentar o apoio de uma ampla frente de partidos foi um dos fatores que levou o presidente a escolhê-la para o cargo.

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