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Gleisi Hoffmann diz que também não tem "moral" para julgar

"O Senado não tem moral para julgar a presidente Dilma. Uma parte grande dos senadores está respondendo a processo, inclusive eu", disse a senadora do PT


	Gleisi Hoffmann em sessão do julgamento final do impeachment: "Uma parte grande dos senadores está respondendo a processo, inclusive eu", disse
 (Flickr/Creative Commons/Senado Federal)

Gleisi Hoffmann em sessão do julgamento final do impeachment: "Uma parte grande dos senadores está respondendo a processo, inclusive eu", disse (Flickr/Creative Commons/Senado Federal)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2016 às 09h24.

Brasília - Ao explicar sua fala de que o Senado não tem moral para julgar a presidente afastada Dilma Rousseff, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse ontem se incluir no grupo sem condições de avaliar os crimes pelos quais a petista é acusada. A frase deu início a uma discussão em plenário na manhã de anteontem e voltou ser polêmica na sessão de ontem.

"Não me arrependo (de afirmar que a Casa não tem moral). O Senado não tem moral para julgar a presidente Dilma. Uma parte grande dos senadores está respondendo a processo, inclusive eu", disse Gleisi. "Me incluo nisso", afirmou. E complementou: "Estou apontando o dedo para uma pessoa, tem três apontados para mim."

Gleisi e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após a investigação policial concluir que os dois receberam R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobrás. Eles negam irregularidades.

Arrependido

Ontem à tarde, Gleisi ligou para o presidente do Senado para tentar desfazer o mal-estar entre os dois após o embate no plenário, mas ele não atendeu o telefone. A petista diz ter deixado um recado para o peemedebista. Renan, por sua vez, afirma que não viu a ligação. "Se bem conheço, estou muito mais chateado do que ela", afirmou.

Desde o embate, o peemedebista montou com assessores uma ação de contenção de danos. "Eu morro de arrependimento quando isso acontece", disse Renan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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