A senadora Gleisi Hoffmann
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 06h58.
Última atualização em 24 de janeiro de 2019 às 07h08.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, condenou nesta quarta-feira a decisão dos Estados Unidos e do governo Jair Bolsonaro de reconhecer o líder opositor venezuelano Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. Gleisi disse que o presidente norte-americano, Donald Trump, não tem legitimidade para fazer essa interferência e alertou para o “precedente” que isso criará na América Latina. “Qual é a legitimidade de um presidente norte-americano para reconhecer um presidente de outro país sendo que esse país passou por um processo eleitoral? Critique-se ou não o processo, ele foi feito dentro das regras constitucionais da Venezuela. E lá o voto é facultativo e teve candidatura de oposição. Imagina se a moda pega? Vamos ter daqui a pouco o presidente dos Estados Unidos, do Brasil, de outros países interferindo na soberania e na autodeterminação dos países?”, perguntou. “É muito ruim isso porque abre um precedente de instabilidade na região da América Latina”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite de ontem o adiamento de seu discurso anual do Estado da União até o final do shutdown, que hoje marca seu 34º dia. “Vou fazer o discurso quando terminar o fechamento administrativo, não procuro um lugar alternativo para o discurso do Estado da União, pois não há lugar que possa competir em história, tradição e importância com a Câmara Baixa”, anunciou Trump no Twitter. O anúncio acontece após Trump ter informado anteriormente sobre o cancelamento do discurso e a busca de uma “alternativa” diante da recusa da presidente da Câmara Baixa, Nancy Pelosi, em recebê-lo.
Nesta quarta-feira, 23, à caminho do Panamá, onde ocorrerá a edição 2019 da Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco se pronunciou sobre o polêmico muro que o presidente norte-americano Donald Trump deseja construir para separar os Estados Unidos do México. Na tradicional viagem rodeado de jornalistas de todo o mundo, dessa vez, cerca de 70, o Papa foi questionado acerca do muro por um repórter italiano. Como resposta, o líder da Igreja Católica Romana declarou que “o medo nos torna loucos”, em uma visível crítica aos anseios de Trump, que, entre outras coisas, está provocando a maior paralisação que um governo já enfrentou no país.
A Prefeitura de São Paulo decidiu interditar nesta quarta-feira, 23, a alça de acesso da pista expressa da Marginal do Tietê para a pista expressa da Rodovia Presidente Dutra, na zona norte de São Paulo, após a detecção de danos na estrutura, que passa por cima do Rio Tietê. O prefeito Bruno Covas (PSDB) está indo até o local. Ainda não há informações sobre o período de interdição da pista. A alça é um dos acessos da capital para o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
Após dias de silêncio, o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou sobre o envolvimento de seu filho, Flávio Bolsonaro, no caso Queiroz. Em entrevista ao editor-chefe da agência de notícias Bloomberg, nesta quarta-feira, 23, Bolsonaro disse que, caso fique provado o envolvimento de Flávio, ele terá que responder legalmente: “Se por ventura ele vier a errar, se for comprovado, eu lamento como pai, mas vai pagar aí o preço dessa ação que nós não podemos coadunar”, afirmou. Flávio vem sendo investigado por movimentações financeiras suspeitas enquanto ocupava o cargo de Deputado Estadual na assembleia legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou nesta quarta-feira, 23, sobre a reforma da previdência para militares. Em entrevista à agência de notícias Bloomberg, em Davos, Suíça, Bolsonaro declarou que, no primeiro momento, a reforma não se estenderá à categoria militar. Segundo o presidente, a proposta de reforma será submetida por seu governo assim que o Congresso Nacional retorne do recesso. Ainda essa semana, na posição de presidente interino, o general Hamilton Mourão havia declarado ser favorável ao aumento do tempo de contribuição para militares, que passaria de 30 para 35 anos na ativa.
Números do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia nesta quarta-feira, 23, mostram que, após três anos seguidos de demissões, o Brasil voltou a gerar empregos formais. Os dados são de 2018 e revelam que, no último ano, foram 15.384.283 milhões de contratações frente a 14.854.729 milhões de demissões. O saldo são 529.554 mil vagas de empregos formais geradas no período. Ainda de acordo com os dados do Ministério, este é o resultado mais positivo em um ano fechado desde 2013, quando foram geradas cerca de 1,1 milhão de vagas.
A prévia da inflação oficial brasileira iniciou o ano sob pressão do preço dos alimentos, mas ainda assim registrou a menor taxa para janeiro em 25 anos e permaneceu abaixo do centro da meta do governo em 12 meses. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,30 por cento em janeiro na comparação com o mês anterior, deixando para trás a queda de 0,16 por cento registrada em dezembro. Apesar da retomada da alta, essa é a leitura mais baixa do IPCA para janeiro desde a implantação do Plano Real, em 1994, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).