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Gilmar Mendes reduz fiança de doleiro de R$ 390 mi para R$ 10 mi

Doleiro e sua família foram alvos da operação Câmbio, Desligo e Satiagraha

Gilmar Mendes: ministro achou elevada fiança estipulada pelo juiz Bretas (Adriano Machado/Reuters)

Gilmar Mendes: ministro achou elevada fiança estipulada pelo juiz Bretas (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de outubro de 2018 às 19h47.

São Paulo - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou pedido da defesa do doleiro Ernesto Matalon e baixou em R$ 380 milhões a fiança imposta pelo juiz Marcelo Bretas, titular da operação Câmbio, Desligo. Em decisão publicada na sexta-feira, 5, o ministro do STF substituiu a fiança de R$ 390 milhões imposta por Bretas por uma de R$ 10 milhões.

Ernesto é filho de Marc Ernest Matalon, antigo conhecido da Polícia Federal e apontado como patriarca de uma das maiores famílias de doleiros do Estado de São Paulo. Ao lado do pai, da prima Patrícia e da funcionária Bella Skinazi, Ernesto teve prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro no âmbito da operação Câmbio, Desligo. No passado, a família havia sido alvo da operação Satiagraha.

De acordo com o Ministério Público Federal, a família Matalon, entre 2011 e 2017, movimentou US$ 100 milhões no sistema financeiro paralelo comandado pelos doleiros Vinicius Claret, o Juca Bala, e Cláudio Barboza, o Tony.

"Aliás, sobre esse ponto, ainda que se considere elevada capacidade financeira do paciente, causa alguma perplexidade o arbitramento da fiança no valor de R$ 390.000.000,00 (trezentos e noventa milhões de reais), nesta prematura fase processual da ação penal em apreço", afirmou Gilmar Mendes em sua decisão.

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