Venezuela: Gilmar Mendes critica falta de democracia e transparência nas eleições (Um Brasil/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 18h32.
Última atualização em 10 de janeiro de 2025 às 19h51.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira, 10, que o governo da Venezuela não é democrático e que o país não realizou eleições livres. Em sua declaração, o magistrado defendeu um compromisso regional para a restauração da democracia na América do Sul.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro tomou posse para seu terceiro mandato consecutivo, mesmo diante de evidências confiáveis de que seu oponente venceu as últimas eleições. A posse ocorreu em meio a protestos contra o plano de Maduro de permanecer no poder por mais seis anos.
Em uma publicação na rede social X, Mendes destacou que as notícias da Venezuela são “preocupantes” e criticou a perseguição a opositores e a falta de transparência no processo eleitoral.
“Notícias que chegam da Venezuela seguem preocupantes. Não é democrático um governo que se vale do aparato militar para perseguir e prender opositores. Tampouco são livres eleições sem transparência e marcadas por violência e autoritarismo”, escreveu o ministro do STF.
Gilmar Mendes enfatizou a necessidade de um esforço coletivo na América do Sul para repudiar práticas autoritárias. Para o magistrado, é fundamental que haja um compromisso com a restauração e a manutenção da democracia na região.
“[Grifar] É fundamental que haja, em toda a América do Sul, um compromisso com a restauração e a manutenção da democracia”, disse Mendes. Ele também reforçou que os democratas devem rejeitar práticas que remetam ao legado sombrio de regimes totalitários do século 20.