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Gilmar Mendes dá 10 dias para Temer explicar extinção de reserva

Na manhã desta quarta-feira, juiz determinou a suspensão dos efeitos de "todo e qualquer ato administrativo tendente a extinguir a Renca"

Gilmar Mendes e Temer: Ao dar andamento ao processo, a decisão de ministro inviabiliza a desistência de ação. (agência brasil/Agência Brasil)

Gilmar Mendes e Temer: Ao dar andamento ao processo, a decisão de ministro inviabiliza a desistência de ação. (agência brasil/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 30 de agosto de 2017 às 22h15.

Última atualização em 30 de agosto de 2017 às 22h26.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes pediu hoje (30) manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre o pedido feito pelo PSOL para que a Corte anule o decreto presidencial envolvendo a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), localizada entre os estados do Pará e do Amapá. A medida foi tomada pelo ministro após o partido anunciar que vai retirar a ação.

Em nota divulgada à imprensa, o PSOL informou que decidiu aguardar o desenrolar de outras ações contra o decreto que estão em tramitação na primeira instância da Justiça. No entanto, a decisão foi anunciada após Gilmar Mendes ter sido escolhido eletronicamente como relator do mandado de segurança protocolado pela legenda. Na prática, ao dar andamento ao processo, a decisão do ministro inviabiliza a desistência da ação.

Na manhã de hoje (30), o juiz Rolando Spanholo, da 21ª Vara Federal de Brasília, determinou a suspensão dos efeitos de "todo e qualquer ato administrativo tendente a extinguir a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca)"

O magistrado atendeu a um pedido feito em ação popular aberta pelo cidadão Antônio Carlos Fernandes, segundo a qual a área de proteção não poderia ser extinta por meio de decreto, mas somente por projeto de lei, como previsto na legislação ambiental.

Após a decisão, a AGU informou que vai recorrer contra a decisão do magistrado.

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