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Gilmar afirma que Eduardo Bolsonaro comete 'verdadeiro ato de lesa-pátria' após fugir do país

Sem citar o nome do filho de Bolsonaro, decano do STF diz que deputado 'fugiu covardemente' para os EUA

Gilmar Mendes: defesa inabalável da soberania brasileira e da legitimidade do STF após sanções dos EUA e ataques ao Judiciário (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Gilmar Mendes: defesa inabalável da soberania brasileira e da legitimidade do STF após sanções dos EUA e ataques ao Judiciário (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 1 de agosto de 2025 às 11h51.

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O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou nesta sexta-feira que "não é segredo para ninguém que os ataques à nossa soberania foram fomentados por radicais" e, sem citar diretamente o nome de Eduardo Bolsonaro, afirmou que "um deputado, na linha de frente do entreguismo, fugiu covardemente" para os Estados Unidos para fomentar ataques ao STF, em um "verdadeiro ato de lesa pátria". Gilmar também manifestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, também do STF.

Moraes foi incluído nesta semana pelo governo de Donald Trump entre os sancionados na Lei Magnitsky, norma criada para impor sanções diplomáticas e financeiras contra pessoas e entidades envolvidas em violações de direitos humanos ou atos de corrupção. A aplicação da norma a Moraes gerou controvérsia, uma vez que o ministro não é acusado de corrupção, e suas decisões judiciais são referendadas pelo STF em um regime democrático.

Defesa de Moraes e críticas à tentativa de golpe

— O alvo central contra quem as baterias do já do cais têm se voltado é o eminente Ministro Alexandre de Moraes, que como todos sabem, é o responsável pela apuração da tentativa de golpe de Estado — disse Gilmar. O ministro também destacou que, à medida que mais provas sobre a trama golpista surgem, os ataques ao STF se intensificam, especialmente por aqueles que perderam as eleições.

Gilmar comentou que, quanto mais as testemunhas confirmam fatos graves, como a confissão sobre o plano para assassinar juízes e autoridades, mais intensos se tornam os ataques ao STF, como um reflexo do desespero daqueles confrontados com provas irrefutáveis e comprometedores.

Dia da Infâmia e defesa da democracia

Gilmar Mendes chamou o 8 de janeiro de "Dia da Infâmia", em referência aos atos antidemocráticos realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ao final de sua fala, ele fez uma defesa enfática da legitimidade e imparcialidade do STF:

— Que ninguém duvide da imparcialidade e da legitimidade da atuação do STF, e que ninguém ouse desrespeitar a soberania do Brasil. As nossas instituições são fortes e resilientes e permanecerão inabaláveis em sua missão de servir à Constituição e ao povo brasileiro.

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