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Gestão Pochmann quer que sindicato de servidores do Instituto não use mais sigla IBGE no nome

Sindicato afirma que medida é retaliação e que pode adotar medidas legais para manter o nome

Agência o Globo
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Publicado em 23 de janeiro de 2025 às 13h47.

Última atualização em 23 de janeiro de 2025 às 13h52.

Como mais um desdobramento da crise interna do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o sindicato dos servidores do instituto, ASSIBGE, informou ter recebido uma notificação extrajudicial em que a gestão de Márcio Pochmann afirma que os servidores não podem usar a sigla "IBGE" no nome da organização sindical.

O sindicato afirma que a notificação traz o nome do presidente do IBGE, mas sem constar sua assinatura, tendo apenas a rubrica do procurador-chefe da instituição. A manifestação ocorreu em resposta à deputada Sâmia Bonfim (PSOL), que após uma audiência em dezembro, questionou a direção sobre o uso do nome IBGE+ na fundação de caráter público-privado que Pochmann pretende criar.

Bruno Perez, diretor do Sindicato Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do IBGE, diz que a medida tomada pela direção da instituição surpreende, já que a sigla IBGE é usada no nome da organização sindical há quase 80 anos. Segundo ele, a notificação extrajudicial será pauta numa reunião do sindicato nesta quinta-feira.

"Centenas de associações e entidades sindicais do funcionalismo brasileiro usam as siglas de suas instituições nos nomes. É muito nítido o caráter retaliatório", afirma.

A iniciativa de criar essa fundação colocou a direção e servidores em lados opostos, em um momento não apenas de origem sindical, mas que abrange coordenadores e profissionais das três principais diretorias do órgão, preocupados com o possível impacto sobre a qualidade da pesquisa e do trabalho desenvolvido pelo instituto.

No texto, o procurador afirma não ver ilicitude no uso do nome IBGE para a fundação, mas que a sigla não poderia ser usada no nome do sindicato.

Em nota, o sindicato diz que se necessário adotar as medidas legais para defender o uso da marca registrada e afirma que a ação é uma "nítida medida retaliatória". O sindicato afirma que a iniciativa ataca o conjunto do funcionalismo público, já que outras instituições também contam com o nome do órgão público.

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