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Gestão Kassab registra até favela como parque em SP

Gestão do prefeito Gilberto Kassab corre - e se atrapalha - para cumprir promessa de deixar a cidade com 50 novos parques até 2012

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab: para sua gestão, até favela é parque (João Valério/CONTIGO/Reprodução)

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab: para sua gestão, até favela é parque (João Valério/CONTIGO/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 07h30.

São Paulo - Neste exato momento, traficantes estão morando em um parque municipal e uma favela inteira está sendo demolida em outro - que, oficialmente, foi inaugurado em 2009. Dois parques prontos há um ano ainda estão trancados com cadeado. Crianças jogam bola numa quadra velha e sem traves que, segundo a Prefeitura de São Paulo, é recém-inaugurada. E parques na periferia continuam sem água, luz e segurança meses depois de serem abertos.

Esse é o cenário que predomina na maioria dos parques inaugurados desde 2009, frutos da promessa de Gilberto Kassab (DEM) de deixar a cidade com 50 novos parques até 2012 - dessa forma, a capital passaria a ter 100. Para isso, a reportagem visitou os 13 que, segundo o relatório do Plano de Metas, já foram (ou deveriam ter sido) inaugurados. A constatação foi a de que apenas um foi entregue completo e em pleno funcionamento: o Parque Urbano Benemérito Brás, na Mooca. Todos os outros apresentam problemas, estão incompletos ou simplesmente estão longe de ser concluídos.

Um exemplo é o Linear Sapé, no Butantã. Ele deveria ir da Rodovia Raposo Tavares até a Avenida Escola Politécnica e foi entregue em junho de 2009. Entretanto, o local ainda é ocupado por uma favela de mais de seis quarteirões que só agora começou a ser demolida. Um funcionário da Prefeitura que estava no local confirmou que as obras fazem parte do futuro parque, ainda sem previsão de abertura.

Revisão

Questionada, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente afirmou que vai retificar a lista dos parques concluídos publicada no site da Agenda 2012. Segundo sua assessoria, dificuldades em licitações e desapropriações causaram “reprogramações” nos prazos. “O importante é que a meta dos cem parques até 2012 será cumprida”, diz a nota. De acordo com a pasta, é necessário levar em conta que mesmo parques não entregues oficialmente já ajudam a qualificar a área, protegem a natureza e são utilizados de alguma maneira pela comunidade. A nota ainda informou que os parques estão sempre em evolução, e por isso, nunca estão completos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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