João Doria: "um país que não aposta em educação, que não investe em educação, jamais será uma grande nação" (Facebook/João Doria/Reprodução)
Agência Brasil
Publicado em 28 de março de 2017 às 08h05.
A prefeitura de São Paulo lançou na noite desta segunda-feira (27) uma campanha de mobilização para arrecadar recursos privados para a criação de vagas em creches.
A meta inicial do Programa Nossa Creche, segundo a prefeitura, é zerar a atual fila de 65,5 mil crianças até março do ano que vem.
O município pretende ainda ampliar em 30% as vagas nas creches, alcançando 60% das crianças de até 3 anos até 2020, de acordo com o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider.
O ministro da Educação Mendonça Filho esteve no evento de lançamento do programa, que ocorreu no Theatro Municipal, centro da cidade.
Segundo ele, a criação de vagas em creches é um assunto que interessa a todo o país e que a iniciativa da administração paulistana vai repercutir em outros locais.
"Os traumas da infância ou os estímulos positivos são carregados ao longo de toda a existência de uma criança, como adolescente, como adulto", disse. "O cuidado dedicado pela prefeitura da cidade de São Paulo às crianças é algo muito importante".
O prefeito João Doria discursou, exaltando a importância da educação para o país. "Um país que não aposta em educação, que não investe em educação, jamais será uma grande nação", disse.
Doria se dirigiu aos possíveis doadores de recursos para o programa. "Queria realmente pedir o apoio dos que aqui estão e dos que não puderam estar. Este é um movimento que começa hoje e vale durante um ano, até março do ano que vem. É o nosso compromisso para zerar esse déficit de 65,5 mil vagas de creches". As doações podem ser feitas por pessoas físicas ou jurídicas.
Segundo o prefeito, houve a doação de seis imóveis de agência bancárias desativadas, que foram fiscalizados pela secretaria da Educação e considerados adequados.
Para continuar gerando vagas em creches, Doria disse que é preciso aumentar os recursos em educação. "Para o ano que vem, nós vamos ter um orçamento mais robusto para a educação, exatamente para permitir que, ao zerar esse déficit, não tenhamos mais problemas no futuro".