(Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2016 às 19h00.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h59.
Gerdau na mira da PF
A Polícia Federal indiciou o empresário André Gerdau, presidente do Grupo Gerdau, e mais 18 pessoas em decorrência de uma investigação da Operação Zelotes. Segundo a PF, conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, e advogados cobrariam um valor de empresários para que empresas pudessem sonegar impostos. Só no caso da Gerdau, a tentativa de sonegação seria de 1,5 bilhão de reais. Os indiciados devem responder por crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, entre outros.
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Geddel e a CPMF
Desde que Michel Temer assumiu a Presidência da República, está difícil de sua equipe afinar o discurso. Dessa vez, foi o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que discordou do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, quanto à criação temporária da CPMF. Meirelles vem defendendo a criação temporária do tributo para reestabelecer as combalidas contas públicas neste e nos próximos anos, mas Geddel disse na tarde de hoje que não é o momento para mais um imposto. Geddel ressaltou que essa é a sua posição pessoal e que defenderia a volta da CPMF se essa for a vontade do governo.
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Temer desmanda Moraes
Nesta segunda pela manhã, foi a vez de o próprio Temer discordar de um de seus ministros. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que o presidente poderia alterar o critério de escolha do procurador-geral da República caso desejasse. Desde o começo do governo do PT, em 2003, o procurador mais votado pelo Ministério Público é o escolhido pelo presidente para o cargo. Ainda pela manhã, Temer garantiu que continuará seguindo a tradição e nomeando o escolhido pela classe para a procuradoria-geral.
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A reforma da Previdência sai?
O presidente Michel Temer se reuniu na tarde de hoje com representantes das Centrais Sindicais para tentar diminuir a resistência das organizações a uma reforma da Previdência Social. Estavam presentas na reunião representantes das centrais UGT, Força Sindical, NCST e CSB, além dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda) e Ronaldo Nogueira (Trabalho). A CUT, que é a maior central sindical do país, recusou o convite. A reforma da Previdência tem causado desgaste para o governo. Na semana passada, o presidente da Força Sindical, Paulinho da Força, criticou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, por causa da proposta.
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Desemprego a 14%
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu na reunião com as centrais sindicais que o desemprego pode chegar a 14% ainda neste ano. Hoje, a taxa é de 10,9% e já vem numa crescente, já que há um ano era de 7,9%.
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Serra e as críticas internacionais
José Serra está injuriado. Na tarde desta segunda, o Itamaraty divulgou mais uma nota refutando a postura de países latino-americanos que criticam o afastamento da presidente Dilma Rousseff. El Salvador, por exemplo, chamou de volta sua embaixadora no Brasil. Outros países que criticaram a saída de Dilma foram Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua.
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Advogado de Cunha na Casa Civil
O presidente Michel Temer nomeou Gustavo do Vale Rocha para o cargo de subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil. Rocha é membro do Conselho Nacional do Ministério Público e advogou para Eduardo Cunha em questões privadas. Quando sabatinado pelo Senado em 2015 para fazer parte do Conselho Nacional, Rocha ressaltou que não defendeu Cunha na Lava-Jato. Ele vai ocupar o cargo que Jorge Messias, o “Bessias”, tinha durante o governo Dilma.
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Afastamento de Cunha em votação
Os aliados de Eduardo Cunha querem que seu afastamento, decidido pelo Supremo Tribunal Federal, seja votado no plenário da Câmara. Na ação impetrada por PSC, Solidariedade e PP, os partidos defendem que a decisão do STF não poderia interferir em outro poder. A intenção seria que o plenário revertesse a decisão para que Cunha pudesse voltar a presidir a Câmara.