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Geradoras tentam fechar contratos mais longos

Com início no final do ano, as geradoras têm pressionado os clientes do mercado livre a assinarem contratos mais longos


	Linhas de transmissão de energia elétrica
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Linhas de transmissão de energia elétrica (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2014 às 09h52.

Por André São Paulo - O cenário de incertezas que ronda o setor elétrico neste momento alimentou uma postura mais cautelosa nas relações entre geradores e consumidores de energia. Preocupadas com o cenário hidrológico no chamado período úmido, com início no final do ano, as geradoras têm pressionado os clientes do mercado livre a assinarem contratos mais longos, como forma de se proteger em relação a eventuais perdas em 2015.

Os consumidores, por outro lado, se veem diante da necessidade de escolher entre firmar contratos de curto prazo a custos elevados ou formalizar acordos de longo prazo balizados pelo atual patamar de preços. "Vemos uma oferta limitada no mercado livre e a indicação de preços altos em termos de mercado spot (à vista) em 2015", diz o sócio-diretor da comercializadora Ecom Energia, Paulo Toledo. "As geradoras tendem a buscar contratos mais longos porque, caso deixem de ganhar em 2015, ganhariam no futuro."

Como há uma indicação de que o preço de liquidação das diferenças (PLD), balizador para o preço da energia, ficará ao redor de R$ 400 o megawatt-hora (MWh) na média para 2015, qualquer contrato a valores inferiores seria desfavorável às geradoras em um primeiro momento. O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou que há casos de contrato exclusivamente para 2015 sendo negociados na casa de R$ 500/Mwh.

Em contratos mais longos, por outro lado, a tendência seria invertida, com preços de contrato atrativos em relação aos preços do mercado spot no futuro. "O consumidor não consegue contrato apenas para 2015. E às vezes quer comprar durante apenas um ano porque o valor está alto", disse o presidente da comercializadora Comerc Energia, Cristopher Vlavianos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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