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General Heleno diz que equipe de segurança de Bolsonaro é séria e treinada

Ministro reconheceu que uma falha possibilitou que sargento da FAB embarcasse com 39 quilos de cocaína em avião de apoio à comitiva presidencial

General Augusto Heleno: militar reconheceu falha na segurança (Antonio Cruz/Agência Brasil)

General Augusto Heleno: militar reconheceu falha na segurança (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de julho de 2019 às 19h31.

Última atualização em 5 de julho de 2019 às 19h35.

São Paulo — O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Augusto Heleno, disse nesta sexta-feira, 5, à Globonews que a segurança do presidente Jair Bolsonaro "é muito séria, muito competente, muito treinada". O ministro também reconheceu que uma falha de segurança possibilitou que um sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) embarcasse com 39 quilos de cocaína em um avião de apoio à comitiva presidencial ao Japão. O militar foi preso na Espanha.

Perguntado sobre críticas sofridas pelo GSI por parte do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente, Augusto Heleno se esquivou. "Tenho subordinação direta ao presidente. Hoje mesmo ele foi claro em dizer que tem absoluta confiança no GSI. Essa é a manifestação que eu escuto e tenho certeza de que é o que ele pensa", falou o ministro. Apesar de dizer que o efetivo subordinado ao GSI "não é o que sonhamos", Heleno garantiu que a equipe responsável pela segurança de Bolsonaro "é muito séria, muito competente, muito treinada".

Para Heleno, a FAB, que é subordinada ao Ministério da Defesa, se sentiu "profundamente" com a prisão do militar na Espanha. "Aconteceu, como acontecem outros incidentes. Aconteceu uma falha e isso será corrigido", disse Heleno, explicando na sequência que FAB e o Ministério da Defesa estão dedicados a aperfeiçoar dispositivos de segurança. "As investigações correm em sigilo e são nosso maior auxílio para chegarmos à conclusão para saber se ele fazia parte de um esquema ou se era um lobo solitário", explicou o ministro, para quem "o governo Bolsonaro está fazendo tudo para combater a criminalidade".

Segundo Augusto Heleno, uma das possibilidades aventadas para que o sargento tenha entrado na aeronave com a droga seria o fato dele ser comissário de voo, grupo que frequentemente não se submeteria ao rigor dos aparelhos de raio-x "por chegarem muito antes".

O ministro explicou que o GSI é responsável pela aeronave onde ficam presidente e vice-presidente, e não pelas de apoio à comitiva presidencial. "Não estou querendo justificar o que aconteceu, mas a acusação de que o GSI teria permitido que isso acontecesse não tem fundamento", afirmou.

Pela manhã, Bolsonaro já havia defendido o serviço prestado pelo GSI. O comentário do presidente foi feito em referência a uma matéria publicada nesta sexta pelo jornal O Estado de S. Paulo que mostra que sua família e o chamado núcleo ideológico do Palácio do Planalto cobram mudanças no esquema de segurança do presidente e a transferência da escolta oficial do Exército para a Polícia Federal.

"Estou muito bem com o GSI, do general Heleno, me sinto muito seguro e tranquilo. Não existe segurança 100%, né, infalível. Qualquer presidente de vez em quando sofre algum tipo de atentado, etc, mas confio 100% no general Heleno à frente do GSI", disse Bolsonaro a jornalistas. Ele participou de solenidade de comemoração do 196º Aniversário da criação do Batalhão do Imperador e o 59º de sua Transferência para a Capital Federal. O evento foi realizado no Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília.

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