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General eleito pelo PSL pede impeachment e prisão de ministros do STF

Segundo ele, "o impeachment de vários ministros" se insere em um "plano de moralização das instituições da República"

General Eliéser Girão Monteiro Filho, deputado eleito pelo PSL no RN, defendeu o impeachment e a prisão de ministros do STF (Adriano Machado/Reuters)

General Eliéser Girão Monteiro Filho, deputado eleito pelo PSL no RN, defendeu o impeachment e a prisão de ministros do STF (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de outubro de 2018 às 13h13.

São Paulo - O general Eliéser Girão Monteiro Filho, deputado eleito pelo PSL no Rio Grande do Norte, defendeu o impeachment e a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) responsáveis pela libertação de políticos acusados de corrupção, como o ex-deputado José Dirceu (PT) e os ex-governadores do Paraná Beto Richa (PSDB) e de Goiás Marconi Perillo (PSDB). Segundo ele, "o impeachment de vários ministros" se insere em um "plano de moralização das instituições da República".

"Não tem negociação com quem se vendeu para o mecanismo", escreveu em sua conta no Twitter, em referência à série da Netflix sobre a Lava Jato. "Destituição e prisão", completou. Ao ser questionado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o general ratificou o disse: "É isso. O Senado tem de cumprir o papel dele." O impeachment de ministros do Supremo deve ser votado pelo Senado e aprovado por dois terços da Casa. Ele é possível em caso de crime de responsabilidade, como proferir julgamento quando suspeito na causa ou exercer atividade político-partidária.

Girão é um dos dois generais eleitos para a Câmara pelo PSL de Jair Bolsonaro. Teve 86 mil votos no Rio Grande do Norte. É da turma de 1976 (Tuma 31 de Março) da Academia Militar das Agulhas Negras e é próximo ao general Augusto Heleno Pereira. Girão passou para a reserva em 2009 em protesto à retirada de fazendeiros da área da reserva indígena de Raposa Serra do Sol, em Roraima. O "Brasil é um país onde a lei tem de ser respeitada por todos. Só porque alguém é presidente, ele deve responder apenas quando deixa a Presidência?", questionou. Em seguida, disse que se referia ao presidente Michel Temer.

O militar citou ainda os casos dos ex-governadores tucanos soltos recentemente por decisão do ministro Gilmar Mendes (STF). "Aí o cara é solto pelo ministro do Supremo. E você sabe que não manda soltar por acaso", disse. Ele defendeu ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato, seja retirado de sua cela na Superintendência da Polícia federal (PF) em Curitiba, e enviado para um presídio comum.

Também defendeu classificar as invasões de terras e propriedades urbanas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra como crime de "terrorismo". "O (João Pedro) Stédile (líder do MST) foi recebido por Lula no Planalto e advogou a desobediência civil. Se eu estivesse lá, dava voz de prisão para esse cara." O general disse que o País precisa voltar a ser uma "democracia plena, com a independência dos poderes para que as leis sejam cumpridas". Para ele, a moralização deve "começar pelo Congresso". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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