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GCM monitora 22 "minicracolândias" após operação, diz secretário

A maioria dos dependentes químicos estão na Praça Princesa Isabel, mas muitos estão espalhados por outras regiões da Luz, Santa Ifigênia e Santa Cecília

GCM: Pesaro reafirmou que a dispersão dos usuários facilita a abordagem de agentes públicos (Paulo Whitaker/Reuters)

GCM: Pesaro reafirmou que a dispersão dos usuários facilita a abordagem de agentes públicos (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de maio de 2017 às 16h23.

Última atualização em 26 de maio de 2017 às 11h33.

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) identificou 22 pontos que reúnem usuários de drogas no centro de São Paulo formados após a operação policial realizada na Cracolândia no domingo, 21.

Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, a principal concentração dos dependentes químicos ocorre na Praça Princesa Isabel, embora os focos se espalhem por outras regiões da Luz, da Santa Ifigênia e de Santa Cecília - próximas ao local onde ficava a Cracolândia.

Em coletiva de imprensa, Pesaro afirmou que a internação compulsória de usuários de drogas não será empregada - embora a Prefeitura tenha pedido autorização na Justiça para realizar internações forçadas.

"Nós não achamos necessário: a legislação já prevê a questão da internação compulsória ou voluntária. Nós já temos legislação para isso e sabemos qual é o caminho. A internação compulsória é algo que só existe na medida que é individual e depende da avaliação de cada um, de cada dependente químico. Ela não pode ser a estratégia, e ela não será a estratégia", destacou.

"Nós vamos continuar trabalhando no programa Recomeço como estávamos, trabalhando permanentemente com a Prefeitura, com a abordagem, o convencimento, a criação de vínculos para o tratamento", disse.

Ele reafirmou que a dispersão dos usuários facilita a abordagem de agentes públicos.

"O fluxo favorece o tráfico. É simples assim. É mais fácil você aprisionar em um único local."

Segundo Pesaro, a cada 10 pessoas abordadas por agentes das secretarias da Saúde e de Desenvolvimento Social, seis aceitam receber algum tipo de tratamento ou encaminhamento.

Pesaro comentou, ainda, que a pasta está aberta para diálogo "o tempo todo".

"É uma ação de fôlego, uma ação que requer muita intensidade, muita persistência, muita frequência. Mas nós vamos dar aquilo que é preciso naquele local, que é assistência médica e social", comenta.

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