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Gasto do governo federal com passagens sobe 32%

Para tornar mais efetivo o controle de gastos, as autorizações de viagens de servidores serão transferidas ao alto escalão dos ministérios

O comportamento das contas públicas no bimestre dá a entender que o anúncio de Dilma seja mais fácil do que a prática (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O comportamento das contas públicas no bimestre dá a entender que o anúncio de Dilma seja mais fácil do que a prática (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 08h31.

São Paulo - As despesas do governo federal com viagens - passagens e diárias -, primeiro alvo do ajuste fiscal anunciado nesta semana pela equipe econômica, aumentaram nos primeiros dois meses de 2011. No caso das passagens, os pagamentos em janeiro e fevereiro foram 32% maiores do que no mesmo período de 2010: já saíram dos cofres públicos R$ 80,4 milhões.

Anteontem, ao fornecer detalhes da “consolidação fiscal”, a ministra Miriam Belchior (Planejamento) insistiu que os gastos com diárias e passagens seriam reduzidos à metade em 2011. Nas áreas de fiscalização, o corte seria menor, 25%.

Para tornar mais efetivo o controle, as autorizações de viagens de servidores serão transferidas ao alto escalão dos ministérios ou, de preferência, aos próprios ministros. As viagens de servidores foram apontadas como um dos focos de desperdício de dinheiro público.

O primeiro anúncio de restrição nas diárias e passagens foi feito em 9 de fevereiro, embora ainda se aguarde a publicação de decreto da presidente Dilma Rousseff para tornar a medida oficial. Não há data para edição desse decreto, assim como do que detalhará o limite de gastos dos ministérios.

A análise do comportamento das contas públicas no bimestre dá a dimensão da dificuldade em fazer com que o anúncio seja mais do que um discurso. Os números foram pesquisados pela ONG Contas Abertas com base em dados lançados pelo Tesouro Nacional até 28 de fevereiro no Sistema de Acompanhamento de Gastos da União (Siafi). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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