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Garis mantêm greve e marcam manifestação para amanhã

Segundo o gari Celio Viana, a categoria não foi ouvida durante a negociação da data-base dos garis

Garis fazem manifestação da sede da Comlurb, na Tijuca: de acordo com a Polícia Militar, cerca de 300 pessoas se reuniram na Praça Floriano (Tânia Rego/Agência Brasil)

Garis fazem manifestação da sede da Comlurb, na Tijuca: de acordo com a Polícia Militar, cerca de 300 pessoas se reuniram na Praça Floriano (Tânia Rego/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 18h51.

Rio de Janeiro - Depois de passeata, que saiu da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, onde fica a sede da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e passou pela prefeitura, na Cidade Nova, os garis em greve fizeram assembleia na Cinelândia, no centro do Rio, na tarde de hoje (6).

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 300 pessoas se reuniram na Praça Floriano, em frente à Câmara de Vereadores.

O gari Celio Viana é um dos que tem falado com a imprensa, mas deixa claro que a condução do movimento é feita pelo grupo de trabalhadores que não se sente representado pelo Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro, que assinou o acordo coletivo da categoria na segunda-feira (3).

De acordo com ele, os garis não foram ouvidos durante a negociação da data-base da categoria.

“Esse movimento não é partidário, é para reivindicação salarial, para melhoria de condições de trabalho. É um movimento legítimo, aonde o gari anseia ser reconhecido pelo prefeito. Ninguém tem nada contra ele, nós queremos só que ele nos veja como ele sempre diz: que nós somos a menina dos olhos dele. Nós queremos que ele abrace a nossa causa, e estamos dispostos a dialogar, não somos marginais, nós somos pessoas trabalhadoras, honestas, a sociedade reconhece isso, nos respeita, a sociedade tem um carinho pelo gari”, diz Viana.

Pela manhã, equipes da Comlurb saíram para as ruas escoltadas. Viana diz não acreditar na acusação de que garis que se apresentaram para o trabalho foram agredidos pelos grevistas.


“Eu não acredito que um colega de trabalho iria agredir, até porque a finalidade do nosso movimento não é para agredir um companheiro, mas para reivindicar a questão salarial, é de paz, é democrático. Na verdade, a gente tem que tentar convencer o companheiro a aderir, mas se ele quiser continuar trabalhando, que trabalhe”.

De acordo com os grevistas, mais de metade da cidade está sem coleta de lixo. Mas a Comlurb informa que a greve está praticamente encerrada, e que o trabalho está praticamente normalizado desde hoje de manhã, nas gerências da zona sul, zona norte e centro.

“Áreas como centro, Lapa, Rio Comprido, São Cristóvão, Tijuca, Vila Isabel, Santa Teresa, região portuária, Campo Grande, Vigário Geral, Del Castilho, Copacabana, Botafogo estão com 100% de efetivo, veículos e equipamento nas ruas”, diz a nota. Na Lapa, hoje à tarde ainda havia bastante lixo amontoado pelas ruas.

Os garis em greve marcaram uma manifestação para as 10h de amanhã (7), em frente à sede da prefeitura. Segundo a Comlurb, não há mais possibilidade de negociação com os grevistas. Os que voltaram ao trabalho tiveram as faltas abonadas e as demissões anunciadas foram revogadas.

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