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Garçom é morto por policiais que teriam confundido guarda-chuva com arma

Rodrigo Alexandre da Silva Serrano segurava um guarda-chuva fechado que, segundo moradores, os policiais confundiram com uma arma

Rio de Janeiro: um garçom de 26 anos foi morto com três tiros disparados por policiais militares (PMERJ/Divulgação)

Rio de Janeiro: um garçom de 26 anos foi morto com três tiros disparados por policiais militares (PMERJ/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de setembro de 2018 às 13h28.

Rio - Um garçom de 26 anos foi morto com três tiros disparados por policiais militares enquanto aguardava a mulher e os dois filhos na favela Chapéu Mangueira, no Leme, zona sul do Rio, por volta das 19h30 desta segunda-feira, 17. Ele segurava um guarda-chuva fechado que, segundo moradores, os policiais confundiram com uma arma. Em nota, a Polícia Militar afirma que PMs em patrulhamento foram atacados e, ao revidar, atingiram a vítima.

Rodrigo Alexandre da Silva Serrano estava na Ladeira Ary Barroso, próximo ao Bar do David, aguardando a mulher, com quem era casado havia sete anos, e os dois filhos, um de 4 anos e outro de 7 meses. Serrano usava um canguru, acessório para carregar bebês junto ao peito, e segurava um guarda-chuva fechado numa das mãos.

A mulher e os filhos estavam chegando à favela em uma lotação e encontrariam Serrano nesse ponto de encontro, para seguirem juntos para casa. Ele foi atingido no peito, no quadril e na perna. Chegou a ser levado ao hospital Miguel Couto, no Leblon, zona sul, mas chegou morto.

Outro homem que estava próximo do garçom também foi baleado pela PM, mas sobreviveu. Jonatas da Silva Rodrigues, de 21 anos, foi atingido de raspão nas costas, levado ao mesmo hospital e liberado ainda durante a madrugada desta terça-feira, 18.

Segundo a PM, uma guarnição do Grupamento Tático de Polícia de Proximidade (GTPP) foi atacada a tiros quando passava pela ladeira e revidou, atingindo as vítimas. O caso foi registrado pela 12ª DP (Copacabana) como auto de resistência, quando há reação da vítima a uma abordagem policial. Por isso não foi encaminhado à Delegacia de Homicídios da capital.

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