Brasil

Gandhi, acordos e Taj Mahal: a agenda de Bolsonaro na Índia

Presidente estará entre sexta-feira (23) e terça-feira (28) no país asiático com ampla comitiva e agenda variada

Índia: o governo brasileiro quer novos acordos comerciais para reduzir a dependência do país em relação à China (Danny Lehman/Getty Images)

Índia: o governo brasileiro quer novos acordos comerciais para reduzir a dependência do país em relação à China (Danny Lehman/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2020 às 06h17.

Última atualização em 24 de janeiro de 2020 às 06h40.

São Paulo — Com 1,3 bilhão de pessoas e um crescimento econômico médio de 7% ao ano na última década, a Índia é um mercado e tanto – e o Brasil está de olho. O presidente Jair Bolsonaro deve chegar a Nova Délhi nesta sexta-feira (23) por volta das 16h no horário local, 8 horas e meia à frente do Brasil.

À Folha de S. Paulo, o ministro do comércio indiano, Hardeep Singh Puri, afirmou que o país está pronto para quintuplicar o número de produtos cobertos por um acordo tarifário com o Mercosul, para até 2.500 itens.

O primeiro dia não tem compromissos oficiais previstos. No dia seguinte (25), Bolsonaro terá reuniões com o presidente indiano, Ram Nath Kovind, e o primeiro-ministro Narendra Modi, que já esteve com Bolsonaro em Brasília em novembro passado, para a Reunião de Cúpula do Brics.

Ainda no sábado, Bolsonaro tem na agenda uma visita ao memorial em homenagem a Mahatma Gandhi, ícone da luta não-violenta dos indianos pela independência dos ingleses. No mesmo dia deve ocorrer a assinatura de pelo menos dez acordos bilaterais em áreas como segurança cibernética, bioenergia e saúde.

Há tempos o governo Bolsonaro sonha em estabelecer novos acordos comerciais para reduzir a dependência do país em relação à China.

Por isso, levou uma ampla comitiva com ele, que conta com os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Teresa Cristina (Agricultura) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, o secretário da Pesca, Jorge Seif, o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (Sem Partido-SP) e o deputado federal Filipe Barros (Sem Partido-PR) também devem acompanhar o presidente.

Antes de embarcar de volta para o Brasil, o presidente fará uma visita a Agra, onde fica o famoso mausoléu Taj Mahal. É o último compromisso de Bolsonaro, que deve estar de volta ao país na terça-feira (28). Agora é torcer para que os resultados da viagem correspondam ao potencial indiano.

Acompanhe tudo sobre:Exame HojeGoverno BolsonaroÍndiaJair Bolsonaro

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP