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‘Futebol não deve ser estatal’, diz presidente

Dilma Rousseff usou sua conta no Twitter para rebater as críticas e disse que "o governo não quer comandar o futebol, pois ele não pode, nem deve ser estatal"


	Dilma: "O Brasil não quer criar a Futebrás. Quer, sim, acabar com a Futebrax"
 (Wikimedia Commons)

Dilma: "O Brasil não quer criar a Futebrás. Quer, sim, acabar com a Futebrax" (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2014 às 11h15.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff usou ontem (12) sua conta no Twitter para rebater as críticas da oposição e disse que "o governo não quer comandar o futebol, pois ele não pode, nem deve ser estatal". Ela reagiu à declaração do candidato do PSDB, Aécio Neves, que acusou a gestão petista de querer criar uma "Futebrás".

Como tem feito na crise envolvendo negócios da Petrobrás, Dilma lembrou a polêmica sobre a tentativa de troca do nome da estatal durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"O Brasil não quer criar a Futebrás", escreveu a presidente, candidata à reeleição. "Quer, sim, acabar com a Futebrax e deixar de ser um mero exportador de talentos."

Segundo Dilma, "os que queriam transformar a Petrobrás em Petrobrax" desvirtuam agora sua posição "de apoiar a renovação" do futebol.

Após a derrota da seleção brasileira na semifinal da Copa - ao ser goleada por 7 a 1 para a Alemanha -, a presidente defendeu mudanças estruturais no futebol nacional e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, chegou a falar em "intervenção indireta" na organização das competições e na gestão dos clubes. Anteontem (11), diante da repercussão, o ministro voltou ao assunto para afirmar que não propôs uma interferência na CBF ou "nas entidades administradoras do esporte".

"O governo não quer comandar o futebol, pois ele não pode, nem deve ser estatal. Queremos ajudar a modernizá-lo. Contem conosco para isso", reforçou Dilma na rede social. Na opinião da presidente, "o futebol, que é atividade privada, precisa ter as melhores práticas da gestão privada nas áreas comercial, financeira e futebolística".

Em outra postagem em seu microblog, Dilma destacou: "Somos uma das maiores economias do mundo e podemos ser uma das maiores bilheterias do futebol". Segundo a presidente, o Brasil, além do amor pelo futebol, tem agora "os melhores estádios". Para ela, "com renovação, teremos sempre o melhor futebol do mundo". Outra proposta polêmica do governo é criar mecanismos para impedir a saída de jogadores do País com menos de 19 anos. A restrição exigiria mudança na Constituição.

Na opinião da presidente, "as oportunidades devem ir das divisões de base ao nível profissional. Só assim garantiremos que jogadores de excelência fiquem no Brasil". "Devemos ampliar oportunidades para nossos craques jogarem no Brasil, dando a eles as mesmas condições do mercado internacional."

O governo quer aproveitar a proposta de renegociação das dívidas dos clubes que tramita no Congresso, também conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, para negociar contrapartidas. Entre as exigência aos clubes deverão ser incluídas maior transparência em suas contas, publicação de balanços periódicos e punição à associação com rebaixamento automático do time que atrasar pagamento de salário dos jogadores.

Para discutir estas propostas, a presidente Dilma Rousseff vai receber, na sexta-feira, pela segunda vez em menos de dois meses, representantes do Bom Senso Futebol Clube, movimento que reúne jogadores que reivindicam melhores condições de trabalho para os atletas.

Seleção

Apesar da derrota por 3 a 0 diante da Holanda, na disputa pelo 3º lugar da Copa ontem (12), o Palácio do Planalto parabenizou a seleção brasileira por meio do Facebook. "Valeu, Seleção! Estar entre as melhores não é para qualquer uma. Parabéns!", diz o texto da Presidência da República.

Dilma, que poucos minutos antes de a partida começar manifestou no Twitter fé na seleção, não havia se pronunciado sobre o resultado do jogo até a conclusão desta edição.(Colaborou Laís Alegretti) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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