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Petroleiros entram na Justiça contra Pedro Parente e pedem arresto de bens

Ação da Federação Única dos Petroleiros cobra anulação do pagamento de US$ 600 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) que a estatal fez em maio ao banco JPMorgan

Pedro Parente: Federação alega que foi um "péssimo negócio" para a Petrobras a antecipação do pagamento autorizado pelo então presidente (José Cruz/Agência Brasil)

Pedro Parente: Federação alega que foi um "péssimo negócio" para a Petrobras a antecipação do pagamento autorizado pelo então presidente (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2018 às 18h56.

Última atualização em 5 de junho de 2018 às 20h12.

Rio de Janeiro - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) entrou na segunda-feira, 4, com Ação Civil Pública contra o ex-presidente da Petrobras Pedro Parente por improbidade administrativa. A ação cobra a anulação do pagamento de US$ 600 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) que a estatal fez em maio ao banco JPMorgan, como antecipação de quitação de uma dívida que só venceria em setembro de 2022.

Na ação, além da nulidade da antecipação do pagamento feito ao JPMorgan, a FUP cobra a responsabilização de Pedro Parente e do banqueiro José Berenguer, do JPMorgan, bem como a indisponibilidade imediata de seus bens.

A Federação alega que foi um "péssimo negócio" para a Petrobras a antecipação do pagamento autorizado por Pedro Parente. "A antecipação de valores cujo vencimento ocorreria apenas em cinco anos não se justifica sob a ótica da eficiência - aqui, convém frisar os resultados negativos que a Petrobras vem apresentando nos últimos anos", alerta a FUP.

A Federação também criticou em nota os prejuízos que a estatal amargou durante os 11 dias de protestos dos caminhoneiros e a perda de R$ 40,9 bilhões em valor de mercado que a empresa teve com o comunicado de demissão feito por Parente em pleno funcionamento do pregão. "Ele deve ser investigado por isso", afirma a FUP em nota.

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