Brasil

Funcionários dos Correios, no Rio, decidem entrar em greve

Servidores não aceitaram a proposta da empresa de aumento salarial de 5,27%, abaixo da inflação anual medida pelo IPCA


	Carteiro entrega correspondência em casa da favela da Rocinha: funcionários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado
 (Christophe Simon/AFP)

Carteiro entrega correspondência em casa da favela da Rocinha: funcionários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado (Christophe Simon/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 00h09.

Rio de Janeiro – Os funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos do Rio (ECT) decidiram em assembleia esta noite entrar em greve por tempo indeterminado. Os servidores, que têm data-base este mês, não aceitaram a proposta da empresa de aumento de 5,27%, abaixo da inflação anual, de 6,27%, medida pelo Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA).

De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Correios e Telégrafos do Rio (Sintect-RJ), Marcos Sant'Aguida, “Os 5,27% de aumento que os Correios apresentaram está bem abaixo da inflação. A inflação é direito, e nós queremos o aumento real do salário”, disse. “Na reunião [ontem (10)], nós falamos que caso a empresa não apresentasse uma nova proposta, nós iríamos entrar em greve”, completou.

O sindicalista disse ainda que além de reivindicar melhores salários, a categoria busca o fortalecimento da empresa. "Queremos que tenha uma entrega ampla em todo o território nacional, mais trabalhadores, mais infraestrutura de transporte e mais atendimento ao público. Nós colocamos 62 itens na reunião com os Correios”.

Em nota, os Correios informaram que estão em processo de negociação do acordo coletivo de trabalho com as entidades sindicais e continuam abertos ao diálogo, não havendo, portanto, justificativa para a paralisação. “A empresa ofereceu reajuste de 5,27% sobre os salários e benefícios. Este índice, somado à progressão anual concedida no ano passado, equivale ou ultrapassa os índices inflacionários do período, impedindo perdas aos trabalhadores”.

Ainda segundo os Correios, “estamos adotando uma série de ações preventivas para garantir a prestação de serviços à população em caso de paralisação parcial dos trabalhadores, como mutirão e contratação de pessoal para entrega de correspondência nos finais de semana para atender à população".

Os grevistas estão concentrados no Centro de Tratamento de Encomendas, em Benfica, zona norte, setor responsável pela distribuição dos objetos postais. O lugar é estratégico, porque dali saí as principais encomendas do Rio, como o Sedex 10, que tem de ser entregue até as 10 horas da manhã diariamente.

Os sindicalistas estão formando piquete em Benfica a fim de impedir a saída dos veículos com malotes de encomenda para entregar nesta quinta-feira (12). A categoria já programou uma assembleia para amanhã às 10 horas.

Acompanhe tudo sobre:CorreiosEmpresasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGrevesServiçosSindicatos

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pde sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua