Greve: trabalhadores devem paralisar na próxima terça-feira (Anadolu Agency/Getty Images)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 28 de setembro de 2023 às 12h25.
Última atualização em 28 de setembro de 2023 às 12h43.
Os sindicatos dos funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) anunciaram uma greve unificada de 24 horas na próxima terça-feira, 3, contra os projetos de privatização em discussão pelo governo Tarcísio de Freitas. Na segunda-feira, 2, uma assembleia em conjunto será realizada para formalizar a paralisação.
As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata não devem funcionar no dia paralisação. Na CPTM, a previsão é que as linhas 7-rubi, 10-turquesa, 11-coral, 12-safira e 13-jade não funcionem. As linhas 4-amarela, 5-lilás, 8-diamante e 9-esmeralda devem operar normalmente em meio à greve -- elas são administradas pela iniciativa privada. Ainda está claro se a paralisação dos trabalhadores da Sabesp terá algum impacto para a população.
Os três sindicados exigem que a gestão estadual interrompa os processos de privatizações imediatamente, cancele os pregões de terceirização do Metrô e consulte a população por meio de um plebiscito sobre as entrega das empresas estatais à iniciativa privada. Eles afirmam que a concessão de linhas de transporte e da rede de água e esgoto vão piorar a qualidade dos serviços. E citam, como exemplo, o aumento das falhas nas linhas 8 e 9 da CPTM após a concessão à ViaMobilidade.
O sindicado dos metroviários convocou uma greve no mês de agosto, com as mesmas reivindicações, mas suspendeu a paralisação para programar uma "greve geral" em outubro. No último, dia 21 de setembro, os trabalhadores aprovaram em assembleia que participarão da greve da próxima terça. Desde 26 de setembro, os funcionários utilizam coletes com dizeres contra privatizações. O sindicato dos ferroviários de São Paulo anunciou a adesão à paralisação no último dia 19.
Segundo o sindicato dos trabalhadores do saneamento, cerca de 98% dos presentes aprovaram a adesão à greve. Os funcionários devem realizar uma manifestação em frente prédio da Sabesp no dia da paralisação às 15h. Em julho, Tarcísio anunciou uma oferta adicional de ações (followon) e investimento de R$ 66 bilhões.
Desde junho, os metroviários e ferroviários realizam publicações para pressionar a gestão Tarcísio a rever o plano de concessões de linhas do Metrô. Em janeiro, logo após a posse, Tarcísio afirmou que tinha planos para privatização das linhas do Metrô. Os estudos de viabilidade da concessão das linhas 1, 2 e 3 para a iniciativa privada devem ser anunciados nos próximos meses. Em abril, o governador autorizou estudos de concessão das linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM, além da futura linha 14-Ônix. A administração estadual já assinou um contrato com a IFC (Corporação Financeira Internacional) do Banco Mundial para fazer a modelagem das concessões.
O Sindicato dos Trabalhadores da USP aprovou uma paralisação das atividades no dia 3 em apoio à greve do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata não devem funcionar no dia paralisação. Na CPTM, a previsão é que as linhas 7-rubi, 10-turquesa, 11-coral, 12-safira e 13-jade não funcionem