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Funcionários de Santa Casa protestam em Sorocaba

Protesto é contra a falta de pagamento da segunda parcela do 13º salário


	Geraldo Alckmin: governador atribuiu a crise na Santa Casa à defasagem nos repasses feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
 (Marcelo Camargo/ABr)

Geraldo Alckmin: governador atribuiu a crise na Santa Casa à defasagem nos repasses feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 15h17.

Sorocaba - Cerca de 100 funcionários da Santa Casa de Sorocaba pararam o trabalho e interditaram a avenida São Paulo, uma das principais da cidade, em protesto contra a falta de pagamento da segunda parcela do 13º salário, na manhã desta segunda-feira, 23.

O protesto ocorreu no momento em que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) estava em outra região da cidade para inaugurar uma unidade do Ambulatório Médico de Especialidades (AME). Na semana passada, o governo estadual liberou recurso extra de R$ 198 mil para o hospital de Sorocaba.

Alckmin atribuiu a crise na Santa Casa à defasagem nos repasses feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), administrado pelo governo federal, para custear os serviços da saúde nos municípios.

Ele criticou o sistema de correção na tabela do SUS pelo Ministério da Saúde - o atual ministro Alexandre Padilha é provável adversário de Alckmin na disputa pelo governo de São Paulo em 2014. A Santa Casa confirmou o atraso no pagamento do 13º motivado por dificuldades financeiras que, segundo a direção, afeta todos os hospitais filantrópicos.

O AME inaugurado em Sorocaba é o 51º do estado e será o maior do interior, perdendo apenas para a unidade de Heliópolis na capital. O prédio, com 2,9 mil m2, foi cedido pela prefeitura e tem 19 consultórios médicos para 23 especialidades, além de 17 salas para exames e uma enfermaria.

Alckmin também entregou 11 veículos para o transporte de pacientes do SUS. O evento teve a presença de 14 prefeitos da região, quatro deputados estaduais e um deputado federal.

Fraude

Questionado sobre a citação do nome do secretário estadual de Recursos Hídricos, Edson Giriboni, no inquérito que apura um esquema de fraudes no hospital municipal de Itapetininga, Alckmin disse que ele já deu explicações.

"O hospital de Itapetininga não tem relação com nenhuma secretaria do estado. Quem foi citado vai prestar todo esclarecimento", disse. No último dia 6, o Ministério Público Estadual denunciou 61 pessoas por envolvimento no desvio de verbas do hospital, mas o secretário não está entre os denunciados. Seu nome aparece numa escuta telefônica em que outros envolvidos na fraude combinam um encontro com o secretário que, segundo Giriboni, nunca ocorreu.

O secretário, que acompanhava o governador em Sorocaba, disse que o hospital era administrado pela prefeitura através de uma organização social. "Não tenho nada a ver com os fatos que estão sendo apurados pelo Ministério Público e não admito ter meu nome associado a isso."

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