Brasil

Funcionários da Samarco indiciados serão julgados em MG

Sete pessoas foram indiciadas e são também alvo de um pedido de prisão preventiva, entre elas o presidente licenciado da mineradora


	Samarco em MG: promotores defendiam que o julgamento ocorresse na Justiça Federal, na qual estão sendo analisados os delitos ambientais
 (Ricardo Moraes/REUTERS)

Samarco em MG: promotores defendiam que o julgamento ocorresse na Justiça Federal, na qual estão sendo analisados os delitos ambientais (Ricardo Moraes/REUTERS)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 21h02.

Belo Horizonte - A juíza Marcela Oliveira Decat de Moura negou nesta segunda-feira (29) o pedido do Ministério Públicos Federal e do Ministério Público de Minas Gerais para que fosse remetido à Justiça Federal o inquérito da Polícia Civil sobre o rompimento da barragem de rejeitos da Samarco, que ocorreu em novembro do ano passado na cidade de Mariana (MG).

No inquérito, sete pessoas foram indiciadas e são também alvo de um pedido de prisão preventiva, entre elas o presidente licenciado da mineradora Ricardo Vescovi.

O pedido do Ministério Público tinha como objetivo reunir, na mesma jurisdição, todo o julgamento relacionado ao rompimento da barragem.

Embora os crimes analisados no inquérito da Polícia Civil sejam de competência da Justiça Estadual, os promotores defendiam que o julgamento ocorresse na Justiça Federal, que é a mesma esfera onde estão sendo analisados os delitos ambientais relacionados ao episódio.

No entendimento da magistrada que indeferiu a solicitação, o caso deve seguir seu trâmite na Justiça Estadual, para que a sociedade de Mariana (MG) possa exercer sua garantia constitucional de julgar, no local dos fatos, os indivíduos que supostamente praticaram os crimes dolosos contra a vida.

Marcela Oliveira considerou ainda que o envio à Justiça Federal só deveria ocorrer caso as vítimas fossem agentes públicos federais no exercício de suas atividades, o que não é o caso.

O rompimento da barragem ocasionou a morte de 19 pessoas, causou destruição de vegetação nativa e poluiu as águas da bacia do Rio Doce.

Além de Ricardo Vescovi, a Polícia Civil indiciou, em seu inquérito, mais seis funcionários da Samarco e um engenheiro da VogBR, empresa que prestava consultoria para a mineradora.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasJustiçaMariana (MG)Minas GeraisSamarco

Mais de Brasil

Eduardo Bolsonaro celebra decisão do governo Trump de proibir entrada de Moraes nos EUA

Operação da PF contra Bolsonaro traz preocupação sobre negociação entre Brasil e EUA, diz pesquisa

Tornozeleira eletrônica foi imposta por Moares por “atos de terceiros”, diz defesa de Bolsonaro

Após operação da PF contra Bolsonaro, Lula diz que será candidato a reeleição em 2026